São Paulo, sábado, 10 de setembro de 2005

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Auxílio não chega por falhas de agência

DA REDAÇÃO

Os motoristas contratados para levar a ajuda internacional para Louisiana e Mississippi estão sendo encaminhados para locais que não precisam de ajuda ou não estão preparados para recebê-la, afirmou ontem um oficial da Aeronáutica americana.
"No momento, há um acúmulo de provisões porque os caminhões deveriam fazer dois carregamentos diários, mas a maioria deles saiu há dois dias e ainda não voltou", diz o sargento Bret Archbold, que supervisiona, na base aérea de Jacksonville (Arkansas), a transferência das provisões internacionais para os veículos.
Os motoristas que retornam à base em Arkansas reclamam da falta de comunicação da agência federal de emergência (Fema) com as equipes de socorro. "O que eu vi foi que a Fema não foi capaz de ligar para quem deveria", conta Cheryl Neal, uma caminhoneira que acabou de voltar da Louisiana.
Neal diz que teve que fazer três paradas até encontrar um depósito da Cruz Vermelha que aceitasse as rações de comida.
O porta-voz da Fema, Butch Kinerney, afirmou que não tinha informações específicas sobre as entregas. "Quando você tem 90 mil milhas quadradas [233 mil km2] para cobrir, haverá alguns desafios, não há dúvidas."

Projeto errado
Antes da passagem do Katrina por Nova Orleans, o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA estava trabalhando em uma obra de US$ 748 milhões no Canal Industrial, um dos locais que tiveram seus diques arrombados. O problema é que o investimento não era para conter inundações, mas para construir uma eclusa porque, segundo os militares, na época da apresentação do projeto, em 1998, aumentou o número de barcaças que passavam pelo local.
Na verdade, o tráfego de barcaças na região diminui desde 1994, mas os militares não colocaram essa informação nos estudos. A obra é considerada por ambientalistas um dos cinco gastos mais inúteis já feito pelo corpo.


Com agências internacionais

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