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Auxílio não chega por falhas de agência
DA REDAÇÃO
Os motoristas contratados para
levar a ajuda internacional para
Louisiana e Mississippi estão sendo encaminhados para locais que
não precisam de ajuda ou não estão preparados para recebê-la,
afirmou ontem um oficial da Aeronáutica americana.
"No momento, há um acúmulo
de provisões porque os caminhões deveriam fazer dois carregamentos diários, mas a maioria
deles saiu há dois dias e ainda não
voltou", diz o sargento Bret Archbold, que supervisiona, na base
aérea de Jacksonville (Arkansas),
a transferência das provisões internacionais para os veículos.
Os motoristas que retornam à
base em Arkansas reclamam da
falta de comunicação da agência
federal de emergência (Fema)
com as equipes de socorro. "O
que eu vi foi que a Fema não foi
capaz de ligar para quem deveria", conta Cheryl Neal, uma caminhoneira que acabou de voltar
da Louisiana.
Neal diz que teve que fazer três
paradas até encontrar um depósito da Cruz Vermelha que aceitasse as rações de comida.
O porta-voz da Fema, Butch Kinerney, afirmou que não tinha informações específicas sobre as entregas. "Quando você tem 90 mil
milhas quadradas [233 mil km2]
para cobrir, haverá alguns desafios, não há dúvidas."
Projeto errado
Antes da passagem do Katrina
por Nova Orleans, o Corpo de Engenheiros do Exército dos EUA
estava trabalhando em uma obra
de US$ 748 milhões no Canal Industrial, um dos locais que tiveram seus diques arrombados. O
problema é que o investimento
não era para conter inundações,
mas para construir uma eclusa
porque, segundo os militares, na
época da apresentação do projeto,
em 1998, aumentou o número de
barcaças que passavam pelo local.
Na verdade, o tráfego de barcaças na região diminui desde 1994,
mas os militares não colocaram
essa informação nos estudos. A
obra é considerada por ambientalistas um dos cinco gastos mais
inúteis já feito pelo corpo.
Com agências internacionais
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