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Governo rejeita ameaça de "inverno de fome"
do enviado a Moscou
O governo russo e alguns institutos privados de pesquisa lançaram
estatísticas na tentativa de mostrar
que não há risco de desabastecimento no país. Ao menos já está
claro que a escassez não atingirá os
níveis do fim dos anos 80 e começo
dos 90, quando o país dependeu de
ajuda humanitária internacional.
A Rússia conta agora com uma
economia de mercado, embora incipiente, com dinamismo capaz de
garantir uma oferta de produtos
superior ao desaparecido sistema
de economia planificada da URSS.
A loja estatal "Produtos", da rua
Tsvetnoi, não oferecia mais carne
fresca ao final da tarde de ontem.
No entanto, suas prateleiras abrigavam frios, salmão defumado e
latas de caviar (113 g, a 150 rublos
cada, cerca de US$ 9,50).
No mercado na estação de trem
Kievski, barracas ofereciam o brasileiro café Pelé a 35 rublos (US$
2,22) a lata de 100 g.
Dados do Instituto Russo de Estudos Agrários e de Mercado admitem safras piores e reconhecem
o desaparecimento de estoques de
carne e óleo de cozinha. Mas esses
fatores não permitiriam ainda
qualificar o inverno próximo como um "inverno de fome".
(JS)
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