São Paulo, quinta, 10 de setembro de 1998

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Governo rejeita ameaça de "inverno de fome"

do enviado a Moscou

O governo russo e alguns institutos privados de pesquisa lançaram estatísticas na tentativa de mostrar que não há risco de desabastecimento no país. Ao menos já está claro que a escassez não atingirá os níveis do fim dos anos 80 e começo dos 90, quando o país dependeu de ajuda humanitária internacional.
A Rússia conta agora com uma economia de mercado, embora incipiente, com dinamismo capaz de garantir uma oferta de produtos superior ao desaparecido sistema de economia planificada da URSS.
A loja estatal "Produtos", da rua Tsvetnoi, não oferecia mais carne fresca ao final da tarde de ontem. No entanto, suas prateleiras abrigavam frios, salmão defumado e latas de caviar (113 g, a 150 rublos cada, cerca de US$ 9,50).
No mercado na estação de trem Kievski, barracas ofereciam o brasileiro café Pelé a 35 rublos (US$ 2,22) a lata de 100 g.
Dados do Instituto Russo de Estudos Agrários e de Mercado admitem safras piores e reconhecem o desaparecimento de estoques de carne e óleo de cozinha. Mas esses fatores não permitiriam ainda qualificar o inverno próximo como um "inverno de fome". (JS)



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