Associated Press

Equipes de resgate e bombeiros trabalham junto aos destroços do edifício destruído por explosão em subúrbio de Moscou

das agências internacionais

Autoridades russas afirmaram ontem que explosivos foram a causa da destruição de um prédio de apartamentos em um subúrbio de Moscou. Pelo menos 32 pessoas morreram na explosão ocorrida na madrugada de ontem.
O prefeito de Moscou, Iuri Lujkov, afirmou tratar-se de um atentado. "É possível dizer com um alto grau de certeza que um ato terrorista ocorreu na rua Gurianov (endereço do prédio)", disse Lujkov. Nenhum grupo assumiu a autoria do suposto atentado.
"Uma grande quantidade de explosivo produzido industrialmente ou de uma mistura de substâncias explosivas provocou a explosão no bloco de apartamentos", disse um porta-voz do Serviço Federal de Segurança, descartando a hipótese inicial de que a causa teria sido gás.
Mais de 60 pessoas foram resgatadas vivas dos escombros e hospitalizadas. O número de mortos provavelmente é maior, pois equipes de resgate russas disseram que havia cerca de cem desaparecidos e poucas chances de encontrar alguém vivo, devido ao fogo que atingiu o prédio após a explosão.
Mais de 20 horas depois do incidente, bombeiros ainda jogavam água nos escombros. A explosão também danificou outros 15 prédios, e cem pessoas tiveram de ser retiradas de casa.
Na semana passada, um carro-bomba destruiu um prédio, matando pelo menos 50 pessoas no Daguestão. O atentado foi assumido por extremistas islâmicos que atuam na república do sul da Rússia e ameaçaram praticar atos terroristas em outros locais do país.
Desde o começo da rebelião separatista na região, no início do mês passado, já morreram 149 soldados russos, e outros 522 ficaram feridos em combates na região, segundo Moscou.
Grupos do crime organizado também poderiam ser os responsáveis pela explosão ocorrida ontem.

Candidatura de Lebed
O general Alexandre Lebed anunciou que pretende concorrer às eleições presidenciais do meio do ano que vem. "De Gaulle mostrou ao mundo inteiro que um general pode governar um país", disse ele, em Paris.
Atualmente, Lebed é governador da região de Krasnoiarski, na Sibéria. A lista de presidenciáveis russos inclui o premiê Vladimir Putin, os ex-premiês Viktor Tchernomirdin e Ievguêni Primakov, o prefeito de Moscou, Iuri Lujkov, entre outros.


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