São Paulo, quarta-feira, 10 de outubro de 2001

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"Erros" viram rotina em conflitos modernos

DA REDAÇÃO

Nos conflitos do mundo pós-Guerra Fria, os ""erros" cometidos por forças militarmente superiores a outras vêm se tornando morbidamente comuns.
O conflito-símbolo da nova era, a Guerra do Golfo (91), marcou a estréia oficial das chamadas armas inteligentes, que utilizam sistemas de laser para serem guiadas até os alvos. Com elas, surgiu o mito de sua infalibilidade e das baixas civis como meros ""danos colaterais".
Na verdade, passados dez anos, estima-se que a maioria das bombas jogadas contra o Iraque não atingiu seu alvo. Até porque apenas 10% delas era ""inteligente".
No ataque contra os sérvios em Kosovo, em 1999, a proporção de armas guiadas subiu para 90%. Mas nem isso evitou vexames para a Otan, como a destruição ""por engano" da Embaixada da China em Belgrado e de um trem com refugiados.
Pouco antes, na operação Raposa do Deserto (98), contra o mesmo Iraque, os EUA fizeram um ataque com mísseis Tomahawk. Segundo a revista ""Aircraft Illustrated", 25% erraram seus alvos.
Em fevereiro deste ano, ao atacar instalações antiaéreas do Iraque, forças anglo-americanas atingiram menos da metade dos alvos.


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