|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Turquia é excluída por problemas estruturais
RODRIGO UCHÔA
DA REDAÇÃO
Analistas crêem que a UE tenha
deixado a Turquia de fora por
causa da falha do país em promover mudanças estruturais, como a
redefinição do papel das Forças
Armadas, que ocupam um espaço
especial no jogo de poder. Seis dos
dez homens que se tornaram presidentes foram militares -como
o próprio fundador da república
(1923), Mustafá Kemal "Ataturk"
(pai dos turcos).
Nos últimos 40 anos, houve
quatro golpes de Estado comandados pelo Exército.
Os cadetes são educados pelo
Estado em escolas especiais que
não estão sob a jurisdição do Ministério da Educação. Assim que
se formam, recebem salários muito maiores que o dos servidores
civis. Como têm uma formação
considerada superior, acabam
ocupando postos-chave em grandes empresas -muitas delas têm
participação do Estado.
É o Estado-Maior que faz e administra o Orçamento das Forças
Armadas, além de controlar a indústria de armas. Há, sob o controle militar, negócios tão diversos quanto o petróleo, o turismo,
a produção automobilística (em
joint venture com a Renault) e os
serviços bancários. A economia,
portanto, não se adequaria aos ditames de livre mercado europeus.
Texto Anterior: Europa: Histórica, expansão a leste complica a UE Próximo Texto: Panorâmica - Oriente Médio: Incursão de tropas de Israel em Gaza mata dois adolescentes e faz 18 feridos Índice
|