São Paulo, domingo, 11 de abril de 1999

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Entenda as causas do conflito

da Redação

A Otan (aliança militar ocidental, liderada pelos EUA) começou a bombardear a Iugoslávia no último dia 24, após o fracasso das negociações para a resolução do conflito na Província de Kosovo.
No início de 1998, cerca de 90% da população de Kosovo era de etnia albanesa, majoritariamente muçulmana. Os sérvios, em sua maioria cristãos ortodoxos, representavam 10% dos habitantes.
Segundo estimativa da Otan, mais de 900 mil pessoas foram expulsas de Kosovo no último ano.
O ditador iugoslavo, Slobodan Milosevic, é acusado de promover "limpeza étnica" -mandar suas tropas expulsar albaneses de suas casas ou matá-los.
Belgrado afirma lutar para manter sua integridade territorial ao reprimir os "terroristas" do ELK (Exército de Libertação de Kosovo), guerrilha separatista que atua na Província. Milosevic diz também que Kosovo é o berço do nacionalismo sérvio.
A Iugoslávia é formada por duas Repúblicas: Sérvia e Montenegro.
Para encerrar os ataques, a Otan quer que o governo iugoslavo aceite as bases do acordo de Rambouillet, assinado pelos albaneses de Kosovo e rejeitado pelos sérvios.
Ele prevê a autonomia da Província, a retirada das forças sérvias e a presença de tropas sob o comando da Otan.
A Iugoslávia afirma que Kosovo é uma questão interna e rejeita a presença de tropas internacionais no seu território para monitorar o cumprimento do acordo.



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