São Paulo, sábado, 11 de maio de 2002

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Israel reavalia plano de ataque à faixa de Gaza

DA REDAÇÃO

Israel decidiu ontem reavaliar os planos de lançar ofensiva militar na faixa de Gaza em retaliação ao atentado que matou pelo menos 15 pessoas em Rishon Letzion nesta semana.
O ministro da Defesa, Binyamin Ben Eliezer, teria optado por um adiamento dos ataques em razão do vazamento para a imprensa dos planos do país.
Segundo o canal 2 da TV israelense, o efeito surpresa de uma operação contra grupos terroristas teria sido perdido com a demora na reação. Reservistas que haviam sido convocados poderiam ser novamente liberados amanhã.
Israel continuava, porém, a concentrar soldados na fronteira com a faixa de Gaza, região poupada da ampla campanha das últimas semanas e que é reduto do Hamas.
Em razão de pressões internacionais -sobretudo dos EUA-, o premiê Ariel Sharon, que recebeu luz verde do gabinete para atacar alvos situados em Gaza, estaria considerando uma resposta mais limitada e concentrada em áreas ou objetivos específicos.
O chanceler Shimon Peres disse esperar ação "cuidadosa e sob medida" contra células terroristas. Moradores da faixa de Gaza -são mais de 1 milhão- continuam a estocar comida e a erguer barricadas em preparação para uma guerra.
Uma explosão perto de um banco ontem em Beersheva, sul de Israel, feriu levemente seis pessoas. Dois suspeitos de organizar o atentado frustrado foram presos. A polícia não sabia se algum grupo palestino era responsável pela ação.
Militares de Israel demoliram ontem um edifício de quatro andares em Tulkarem, na Cisjordânia, onde morava a família de um terrorista suicida que matou 29 pessoas na Páscoa judaica num hotel de Netânia.
Derrubaram ainda a casa de um militante do Hamas detido nesta semana que, segundo o Exército, abrigava uma fábrica de bombas. Foram confiscadas pastas contendo explosivos e telefones celulares, que serviriam como detonadores.
A polícia de Jerusalém revelou ontem que prendera quatro extremistas judeus que planejavam um atentado a bomba contra palestinos perto de um hospital na parte oriental da cidade.


Com agências internacionais


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