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Governador iraquiano é seqüestrado
DA REDAÇÃO
Três dias após o início de ofensiva americana contra a insurgência perto da fronteira da Síria com
o Iraque, que, segundo os EUA,
deixou ao menos cem insurgentes
mortos, homens armados seqüestraram o governador da Província
de Anbar. Para soltá-lo, exigem
que os soldados americanas deixem Qaim, 320 km a oeste de Bagdá, onde começou a ofensiva.
O governador Raja Nawaf al
Mahalavi foi capturado quando ia
de Qaim para Ramadi. Segundo
seu irmão, os captores exigem que
a tribo de Al Mahalavi liberte seguidores do terrorista jordaniano
Abu Musab al Zarqawi, líder da Al
Qaeda no país.
Três marines foram mortos e
cerca de 20 ficaram feridos na
ofensiva, batizada de "Operação
Matador", uma das maiores feitas
pelos EUA no país em seis meses.
A ofensiva ocorre em meio a uma
onda de ataques que matou mais
de 300 pessoas desde o anúncio
do novo governo, em 28 de abril.
Marines entraram anteontem
no deserto Jazirah, perto da fronteira com a Síria. "Acreditamos
que essa área tenha muitos insurgentes estrangeiros de várias
áreas -Síria, Jordânia, Arábia
Saudita, Palestina", disse o coronel Steven Boylan, um porta-voz
das forças dos EUA no Iraque.
Segundo o diretor de operações
do Estado-Maior das Forças Armadas americanas, general James
Conway, grande parte da insurgência se moveu de pontos de resistência como Fallujah e Ramadi
para locais ao norte e a oeste. "Há
suspeitas de que o treinamento
deles é maior que o que vimos no
leste." Residentes afirmaram que
houve conflito ontem nas cidades
de Obeidi, Rommana e Karabilah.
Outros seqüestros
Ontem expirou o prazo dado
pelos seqüestradores do engenheiro australiano Douglas
Wood, que exigem a retirada dos
soldados da Austrália do país. Segundo o chanceler australiano,
Alexander Downer, nenhum contato foi feito após o fim do prazo.
Também foi mais um dia sem notícias do engenheiro brasileiro
João José de Vasconcellos Jr., desaparecido desde janeiro.
Ontem o governo japonês não
havia conseguido fazer contato
com os seqüestradores de Akihiko Saito. O grupo Ansar al Sunna
assumiu a autoria do seqüestro.
Já o chanceler italiano, Gianfrancesco Fini, sugeriu ontem que
os soldados italianos ficariam no
Iraque até o começo de 2006
-anteriormente, o premiê italiano Silvio Berlusconi havia afirmado que eles começariam a voltar
para casa em setembro.
Indagado sobre a retirada, Fini
respondeu que "coincidiria com o
ato final do caminho das Nações
Unidas", a eleição de um governo
iraquiano permanente, em dezembro. A retirada ocorreria um
ou dois meses após a eleição.
Dois carros-bomba explodiram
ontem em Bagdá, matando ao
menos nove pessoas e ferindo 19,
incluindo três soldados dos EUA.
Anteontem, três marines morreram na região central do país.
A Assembléia iraquiana indicou
um comitê de 55 legisladores para
preparar a Constituição do país.
Com agências internacionais
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