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McVeigh pretende
recitar um poema
antes da execução
DE NOVA YORK
"Não importa quão estreita a
porta/Quão cheio de punições
o papel/Eu sou o dono de meu
destino/Eu sou o capitão de
minha alma." Essas devem ser
as últimas palavras de Timothy
McVeigh hoje, antes de ser executado. É o final do poema "Invictus", do vitoriano William
Ernest Henley (1849-1903).
Ele tem direito a um pedido
final e às últimas palavras. A
execução vem seguindo um detalhado protocolo de 54 páginas, preparado pelo Escritório
de Prisões Federais em 1994.
De acordo com as regras, ontem pela manhã o prisioneiro
foi transferido de sua cela original para a ante-sala da câmara
de execução, sempre na penitenciária de Terre Haute.
A ante-sala tem chuveiro, sanitário, cama e mesa de metal.
McVeigh pôde trazer a Bíblia,
quatro fotografias, uma revista,
um jornal e um caderno. Um
vídeo da transferência, mostrando uma figura séria mas
bem disposta, foi divulgado
ontem. Depois disso, Timothy
pôde escolher sua última refeição em qualquer restaurante
da cidade, desde que a conta
fosse de até US$ 20, sem direito
a álcool.
A partir daí, só poderia receber visitas de parentes e de
"conselheiros espirituais". O
escolhido foi o padre católico
Ron Ashmore, que disse que leria uma passagem da Bíblia.
Hoje, às 6h30 (8h30 de Brasília), McVeigh será revistado, levado à câmara de execução e
amarrado à maca. Trinta testemunhas, entre parentes, jornalistas e representantes do governo, ocuparão as três salas
cuja vista é a câmara.
Dentro, só o diretor da penitenciária, um delegado federal
e os executores. Durante todo o
processo, estarão ao alcance do
diretor dois telefones. Um é ligado diretamente ao presidente George W. Bush e outro ao
ministro da Justiça, John Ashcroft. Só os dois podem cancelar ou adiar a execução até o último minuto. Mas é pouco provável que isso aconteça.
Às 6h58, o diretor lerá a ordem oficial do juiz e mandará
que os executores injetem os líquidos na máquina de injeção.
Entre 7h05 e 7h07, McVeigh estará morto.
(SD)
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