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BÁLCÃS
Guerrilheiros de etnia albanesa declaram que terão Skopje como alvo se governo não suspender ataques no norte
Rebeldes ameaçam atacar a capital da Macedônia
DA REDAÇÃO
Rebeldes de etnia albanesa, que
controlam o vilarejo de Aracinovo, a cerca de 10 km da capital
Skopjie, ameaçaram estender
seus ataques à capital e outras cidades macedônias caso o governo
continue a combatê-los no norte
do país.
"Se a ofensiva do Exército macedônio no norte não for suspensa até amanhã [hoje" de manhã,
atacaremos o aeroporto, refinarias de petróleo, estações policiais
e outras instalações nas cidades",
disse ontem um rebelde conhecido como comandante Hoxha à
agência internacional de notícias
"Associated Press".
Habitantes de um subúrbio no
leste de Skopje, a maioria dos
quais de etnia albanesa, começaram a fugir do local depois que os
rebeldes tomaram, na sexta-feira,
o vilarejo de Aracinovo, que fica a
apenas alguns quilômetros.
O governo disse que estava aumentando a segurança em prédios públicos em Skopje e garantiu que o avanço dos rebeldes não
afetaria os vôos.
Segundo o Ministério da Defesa, um soldado macedônio morreu ontem durante um ataque do
Exército ao vilarejo de Slupcane,
controlado por rebeldes de etnia
albanesa, cerca de 40 km a nordeste da capital. Três soldados ficaram feridos.
Essa foi a primeira morte do lado do governo desde que cinco
soldados foram mortos em uma
emboscada rebelde na última terça-feira perto da cidade de Tetovo, no nordeste do país.
Oficialmente, 24 soldados morreram desde que os rebeldes pegaram em armas, em fevereiro. O
número de mortos entre os rebeldes não foi divulgado.
Forças governamentais utilizando helicópteros, tanques e artilharia têm atacado Slupcane e
vários vilarejos vizinhos desde
sexta-feira em uma tentativa de
forçar guerrilheiros do UCK-M
(Exército de Libertação Nacional,
da Macedônia) a recuar.
Os guerrilheiros dizem que estão lutando por mais direitos para
os macedônios de etnia albanesa,
que representam cerca de 30% da
população e que, segundo eles,
sofrem discriminação por parte
da maioria de etnia eslava em
áreas como educação, emprego e
direito à própria língua. Segundo
o governo, os rebeldes são terroristas tentando provocar o caos
na Macedônia.
Centenas de macedônios de etnia albanesa atravessaram a fronteira com Kosovo ontem. No sábado, 4.446 pessoas entraram na
província iugoslava -o maior
número em um só dia desde o início do conflito. Cerca de 30 mil já
deixaram o país desde fevereiro.
Com agências internacionais
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