DA REDAÇÃO

Membros da ONU expressaram descontentamento ontem com a ausência de líderes de potências na abertura em Roma da Cúpula Mundial da Alimentação: Cinco Anos Depois.
Compareceram apenas dois chefes de governo de países europeus (da Itália, que abriga a cúpula, e da Espanha, que exerce a liderança rotativa da União Européia). Dezenas de líderes de países em desenvolvimento participam do encontro, no entanto, incluindo o presidente do Zimbábue, Robert Mugabe.
Pelo menos 800 milhões de pessoas -mais de uma em cada sete- passam fome ou não podem se alimentar devidamente.
A intenção anunciada da cúpula era reiterar o compromisso com o objetivo de salvar cerca de 400 milhões de pessoas da fome até o final de 2015.
A Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO) está pedindo ao menos US$ 24 bilhões para investir na agricultura de países em desenvolvimento.
"Na hora da verdade, seis anos após a Cúpula Mundial da Alimentação, em 1996, a morte continua a caçar uma multidão de famintos em nosso planeta. As promessas não foram cumpridas", declarou Jacques Diouf, diretor-geral da FAO.
A Itália reforçou a segurança no local da cúpula, com a mobilização de cerca de 5.000 policias na região e o bloqueio de ruas.