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Imagem que teria sido retocada estava em site militar do Irã
DA REDAÇÃO
A agência de notícias da
Guarda Revolucionária Iraniana, Sepah News, aparentemente retocou uma fotografia do
exercício de lançamento de
mísseis da última quarta-feira,
segundo o analista do Instituto
Internacional para Estudos Estratégicos londrino Mark Fitzpatrick. A imagem, divulgada
pela agência France Presse, foi
publicada na primeira página
da Folha e de muitos jornais
no Brasil e no exterior, incluindo o "Financial Times" e o
"New York Times".
A fotografia da France Presse
mostra quatro mísseis em lançamento. No entanto, constam
apenas três em outra imagem
quase idêntica, que a Associated Press distribuiria na manhã
seguinte. Nessa foto, também
conseguida da Sepah News, o
quarto míssil permanecia inerte no lançador móvel.
"Parece que o Irã retocou a
foto para esconder o que aparenta ser a falha do lançamento
de um dos mísseis", disse Fitzpatrick à France Presse.
"Vê-se que o míssil foi duplicado. [A imagem] está fabricada de cima abaixo. Embora os
mísseis não estivessem equidistantes da câmera, eles têm o
mesmo tamanho na foto", disse
à agência o técnico Gerard Issert, do Granon, laboratório fotográfico parisiense.
Diante do novo ensaio de
mísseis de ontem (10), o porta-voz da Casa Branca Tony Fratto comentou o risco de manipulação iraniana. "Gostaríamos de que tivessem deixado
de criar provas, que são atos de
provocação."
Segundo o "Financial Times", os mísseis fotografados
não eram o Shahab-3, capaz de
alcançar Israel a partir do território iraniano, mas sim de baixo alcance -"provavelmente o
Zelzal", que atinge até 210 km.
Conforme analistas de segurança ouvidos pelo diário britânico, o Irã pode ter suprido o
Hizbollah com versões do Zelzal, a partir da Síria. Do sul libanês, a milícia islâmica poderia
atingir Israel.
O teste da quarta-feira aconteceu no estreito de Hormuz,
por onde passam 40% da produção mundial de petróleo.
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