São Paulo, sábado, 11 de setembro de 2004

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

IRAQUE SOB TUTELA

Para falar sobre as duas italianas em seu poder, grupo exige a libertação de muçulmanas presas no Iraque

Italianos fazem vigília para pedir libertação das reféns

DA REDAÇÃO

Milhares de manifestantes com velas acesas fizeram ontem vigílias e caminhadas silenciosas por ruas de Roma e de outras cidades do país para pedir a libertação das duas italianas que foram seqüestradas no Iraque na terça-feira.
Um grupo previamente desconhecido, que se intitula Apoiadores de Al Zawahiri (o número dois da Al Qaeda), colocou declaração em um site da internet assumindo a autoria do seqüestro. Eles exigiam a libertação de todas as muçulmanas presas no Iraque no prazo de 24 horas.
Em troca, prometiam dar informações sobre Simona Pari e Simona Torretta, que trabalham para uma organização humanitária e foram capturadas juntamente com dois iraquianos. "Se o governo italiano não satisfizer nossas exigências, o povo italiano jamais saberá a sorte reservada às reféns", diz o comunicado.
O governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi divulgou uma declaração afirmando que o presidente interino do Iraque, Ghazi al Yawer, tem dúvidas sobre a credibilidade da suposta organização extremista. Mais tarde soltou outra nota, dizendo que, de qualquer maneira, irá trabalhar para que todas as pessoas presas injustamente no Iraque sejam colocadas em liberdade.
Na França, o chanceler Michel Barnier disse ter "sérias indicações" de que os jornalistas Georges Malbrunot e Christian Chesnot, seqüestrados há 22 dias, estão vivos e sendo bem tratados.
Dois iraquianos morreram e três ficaram feridos ontem no bairro Sadr City, em Bagdá, depois de confrontos entre rebeldes e tropas dos EUA. À noite, aconteceu uma explosão do lado de fora de uma igreja no bairro Karrada, na capital. Segundo a rede de TV Al Arabiya, não houve vítimas.
Começa hoje em Bagdá o julgamento do soldado Armin Cruz, um dos americanos acusados pelas torturas cometidas contra iraquianos na prisão de Abu Ghraib. Cruz pode ser condenado a até um ano de cadeia, redução de patente e dispensa.
Redes de TV turcas disseram ontem que Habib Akdas, o suposto líder de uma célula da Al Qaeda acusada por ataques terroristas em Istambul em novembro do ano passado, foi morto nesta semana durante bombardeios americanos no Iraque. A NTV e a CNN turca mostraram imagens de um corpo ensangüentado que seria de Akdas.


Com agências internacionais


Texto Anterior: "Terror espetacular" fracassa, diz analista
Próximo Texto: América Latina: Foto obtida no Rio cita "área ideal" de ataque
Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.