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IRAQUE SOB TUTELA
Para falar sobre as duas italianas em seu poder, grupo exige a libertação de muçulmanas presas no Iraque
Italianos fazem vigília para pedir libertação das reféns
DA REDAÇÃO
Milhares de manifestantes com
velas acesas fizeram ontem vigílias e caminhadas silenciosas por
ruas de Roma e de outras cidades
do país para pedir a libertação das
duas italianas que foram seqüestradas no Iraque na terça-feira.
Um grupo previamente desconhecido, que se intitula Apoiadores de Al Zawahiri (o número dois
da Al Qaeda), colocou declaração
em um site da internet assumindo
a autoria do seqüestro. Eles exigiam a libertação de todas as muçulmanas presas no Iraque no
prazo de 24 horas.
Em troca, prometiam dar informações sobre Simona Pari e Simona Torretta, que trabalham
para uma organização humanitária e foram capturadas juntamente com dois iraquianos. "Se o governo italiano não satisfizer nossas exigências, o povo italiano jamais saberá a sorte reservada às
reféns", diz o comunicado.
O governo do primeiro-ministro Silvio Berlusconi divulgou
uma declaração afirmando que o
presidente interino do Iraque,
Ghazi al Yawer, tem dúvidas sobre a credibilidade da suposta organização extremista. Mais tarde
soltou outra nota, dizendo que, de
qualquer maneira, irá trabalhar
para que todas as pessoas presas
injustamente no Iraque sejam colocadas em liberdade.
Na França, o chanceler Michel
Barnier disse ter "sérias indicações" de que os jornalistas Georges Malbrunot e Christian Chesnot, seqüestrados há 22 dias, estão
vivos e sendo bem tratados.
Dois iraquianos morreram e
três ficaram feridos ontem no
bairro Sadr City, em Bagdá, depois de confrontos entre rebeldes
e tropas dos EUA. À noite, aconteceu uma explosão do lado de fora
de uma igreja no bairro Karrada,
na capital. Segundo a rede de TV
Al Arabiya, não houve vítimas.
Começa hoje em Bagdá o julgamento do soldado Armin Cruz,
um dos americanos acusados pelas torturas cometidas contra iraquianos na prisão de Abu Ghraib.
Cruz pode ser condenado a até
um ano de cadeia, redução de patente e dispensa.
Redes de TV turcas disseram
ontem que Habib Akdas, o suposto líder de uma célula da Al Qaeda
acusada por ataques terroristas
em Istambul em novembro do
ano passado, foi morto nesta semana durante bombardeios americanos no Iraque. A NTV e a
CNN turca mostraram imagens
de um corpo ensangüentado que
seria de Akdas.
Com agências internacionais
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