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ORIENTE MÉDIO
Barak diz que se reunirá com Clinton sem esperança de retomada do processo de paz; um soldado israelense morre
Israel mata 4 palestinos em outro "Dia da Fúria"
DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS
O Exército de Israel matou ontem quatro palestinos e feriu 151
durante confrontos na Cisjordânia e na faixa de Gaza.
Em mais um "Dia da Fúria" na
região, dois palestinos tombaram
em tiroteios na faixa de Gaza e outros dois -um garoto de 15 anos
e um árabe-israelense de 25
anos- foram mortos em Jenin
(norte da Cisjordânia). Um soldado israelense foi morto em Belém
(Cisjordânia) e um policial de Israel sofreu ferimentos pela explosão de uma pequena bomba em
Jerusalém.
A polícia israelense voltou a
proibir que homens com menos
de 45 anos fizessem as orações de
sexta-feira na Esplanada das Mesquitas -foi após a visita do líder
oposicionista Ariel Sharon ao local, em 28 de setembro, que a onda de violência teve início.
Os choques entre palestinos e israelenses estendem-se pela sexta
semana consecutiva e já deixaram
pelo menos 194 mortos -quase
todos palestinos. Ontem, as cidades de Belém e de Ramallah, ambas na Cisjordânia, foram fechadas pelo Exército de Israel.
Ehud Barak, premiê de Israel,
mostrou-se cético quanto à reunião com o presidente dos EUA,
Bill Clinton, no domingo, três dias
após a visita do líder palestino Iasser Arafat à Casa Branca.
"Não creio que as conversações
de Washington levem a uma retomada das negociações", disse.
Arafat pediu ao Conselho de Segurança da ONU o envio à região
de uma força de paz com 2.000
homens. Os EUA, que têm poder
de veto, provavelmente vão se
opor a essa missão de paz.
Hussein al Sheikh, da liderança
do Fatah, grupo político de Arafat, declarou um "estado de guerra" contra Israel, denunciando
como "terrorismo de Estado" o
ataque de helicóptero realizado
na quinta-feira, em Belém
-Hussein Abayat, 33, um líder
local do Fatah e duas mulheres
que passavam pelo local foram
mortos na ofensiva.
O miniparlamento palestino
adiou encontro em 15 de novembro para discutir a declaração de
um Estado independente em Gaza e na Cisjordânia devido a uma
reunião de países islâmicos, que
ameaçam aprovar o fim de qualquer tipo de relação com Israel.
Segundo relatório divulgado
ontem pela Anistia Internacional,
jovens palestinos foram retirados
de suas casas no meio da noite e
espancados. Um dos casos relatados ocorreu em 1º de outubro: um
adolescente de 17 anos foi chutado e esbofeteado em sua casa por
soldados e depois levado para
uma prisão. Ele ficou quatro dias
na cela, onde outros 30 menores
palestinos também apanharam.
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