UOL


São Paulo, terça-feira, 11 de novembro de 2003

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

GUERRA SEM LIMITES

Cerca de 5.000 militares são enviados para Meca; EUA dizem que Al Qaeda quer derrubar monarquia

Após ataque, sauditas reforçam segurança

DA REDAÇÃO

A Arábia Saudita reforçou a segurança em Riad, em Meca e em outras cidades para evitar novos atentados. A medida foi tomada após ataque terrorista matar 18 pessoas no fim de semana.
Em meio a novos alertas de possíveis ataques, o subsecretário de Estado dos EUA Richard Armitage disse que a Al Qaeda quer derrubar a família real saudita, tradicional aliada de Washington. A rede terrorista é acusada de ter cometido o atentado deste fim de semana e outro em maio, no qual morreram 35 pessoas, incluindo nove suicidas.
"Está claro, para mim, que a Al Qaeda pretende derrubar a família real e o governo da Arábia Saudita", disse Armitage no Egito. Segundo ele, as autoridades sauditas estão agindo para melhorar a situação e impedir novos ataques.
Para Meca, foram enviados 5.000 homens. A cidade é considerada o local mais sagrado para os muçulmanos. Na semana passada, a polícia saudita realizou uma série de ações em Meca para combater células terroristas supostamente ligadas a Al Qaeda que estariam planejando ataques.
Nos próximos dias, a expectativa é de que 2,5 milhões de fiéis visitem Meca em peregrinação para celebrar o fim do Ramadã -mês sagrado para os islâmicos. Desse total, 80% vêm do exterior.
Um contingente inferior de militares foi enviado para Medina, a segunda cidade mais sagrada para os muçulmanos. A cidade também deve receber dezenas de milhares de peregrinos.
Em Riad, policiais e soldados estão fazendo a guarda de complexos residenciais onde vivem estrangeiros -alvos dos últimos ataques. Blindados foram colocados nas entradas dos prédios, já fortificados. Toda a região é monitorada e cercada por arame farpado.
A Embaixada dos EUA em Riad e os consulados americanos ao redor da Arábia Saudita continuarão fechados por tempo ilimitado. Porém as restrições à liberdade de movimentação dos diplomatas e de seus familiares foi relaxada.
O ministro do Interior da Arábia Saudita, príncipe Nayef, disse que o reino não será mais abalado por nenhum ataque e que os responsáveis pelos recentes atentados "serão pegos".
A Arábia Saudita tem ampliado as suas operações de combate ao terrorismo desde os atentados de maio. Centenas de pessoas já foram detidas. A Chancelaria do Canadá anunciou ontem que, entre os mortos, há um canadense.


Com agências internacionais


Texto Anterior: Oriente Médio: Palestinas fazem ato contra ANP; Israel expulsa 1
Próximo Texto: Popularidade de extremistas é "preocupante"
Índice

UOL
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.