São Paulo, quarta-feira, 11 de dezembro de 2002

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Manifestantes e cônsul discutem em SP

GUSTAVO CHACRA
DA REDAÇÃO

Cerca de 30 venezuelanos participaram de ato contra o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, diante do consulado do país em São Paulo. Jovens e bem vestidos, eles chegaram ao local carregando cartazes com os dizeres "Brasil, precisamos de sua ajuda", "Não a [Fidel] Castro e ao comunismo" e "Chávez vá embora".
O cônsul-geral da Venezuela em São Paulo, Freddy Balzan, saiu de dentro de sua residência e foi conversar com os manifestantes. "Vocês já se expressaram, agora me dêem a chance de falar."
Alguns manifestantes se aproximaram do cônsul para escutá-lo, enquanto outros continuaram batendo panelas. "Essa é uma atitude antidemocrática", afirmou o diplomata. "O que falta é democracia na Venezuela", contestou o engenheiro Juan Carlos Parada.
"Queremos evitar um governo pró-Castro e comunista no nosso país", acrescentou Patrícia, uma farmacêutica de 34 anos, que preferiu não dizer o sobrenome.
O cônsul acusou os manifestantes de serem partidários de um "golpe fascista". Segundo o diplomata, os manifestantes fazem parte de uma conspiração internacional e foram pagos pela oposição para vir ao Brasil.
Os manifestantes negam a acusação e disseram que o protesto foi combinado na véspera. Para encerrar o ato, os manifestantes cantaram o hino venezuelano.


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