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REINO UNIDO
Tomada de avião pode ter sido manobra para obter asilo
Maioria dos reféns de sequestro pode não voltar ao Afeganistão
de Londres
Um avião fretado por uma associação de assistência a migrantes
está em Londres para levar de volta os ex-reféns do Boeing-727 que
ficou quatro dias em poder de sequestradores no aeroporto de
Stansted.
Mas, até ontem à noite, não se
sabia ao certo quantas das 150
pessoas que estavam a bordo do
Boeing da empresa aérea afegã
Ariana iriam realmente retornar.
A viagem de volta ao Afeganistão
está marcada para hoje à tarde.
O sequestro, que começou no
domingo, terminou anteontem
de forma pacífica. Entre 75 e 120
pessoas, incluindo os sequestradores, estariam pensando em pedir asilo ao governo britânico.
O principal argumento deles é
que temem represálias do governo afegão, controlado pela milícia
extremista Taleban, defensora da
criação de um Estado islâmico.
Em geral, solicitações de asilo
no Reino Unido demoram anos
para serem julgadas, mas o governo promete acelerá-las neste caso.
Ontem, mais uma pessoa que
estava dentro do avião foi presa
pela polícia, suspeita de ter alguma conexão com a organização
do sequestro.
Com isso, 22 afegãos já foram
detidos, o que alimenta especulações que o sequestro não teve motivações políticas. Outros 17 estão
sendo investigados.
Segundo essa tese, o sequestro
não passou de um complô para
conseguir asilo no Reino Unido.
O avião foi sequestrado no domingo, quando viajava de Cabul,
capital afegã, para a cidade de Mazar-i-Sharif, no norte do país. Antes de rumar para Londres, ele fez
escalas no Uzbequistão, Cazaquistão e na Rússia.
(FZ)
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