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ÁFRICA
Ação no sul do país é confirmada
Ataque a escola mata 14 crianças no Sudão
das agências internacionais
Os ataques a uma escola do sul
do Sudão (nordeste da África)
que deixaram 14 crianças mortas
na terça-feira foram confirmados
por uma equipe internacional de
jornalistas que chegou a Kaouda.
Um avião do governo lançou quatro bombas perto da escola durante uma aula fora da sala.
A maioria das vítimas era de estudantes do ensino fundamental
que estavam tendo aulas de inglês
sentados sob uma árvore.
Desde 1983, o governo sudanês
combate guerrilhas separatistas
do sul do país, onde a população é
majoritariamente animista e cristã. O Sudão tem maioria muçulmana e o islamismo é a religião
oficial. O conflito, um dos mais
longos da África, já deixou mais
de 1,5 milhão de mortos.
"As bombas atingiram o alvo
estabelecido, um campo militar.
Os guerrilheiros é que estão levando civis para dentro de seus
campos", afirmou Dirdiery Ahmed, um diplomata sudanês em
Nairóbi (Quênia).
A escola é dirigida pela Igreja
Católica Romana e fica numa cidade a 800 km ao sul da capital do
país, Cartum.
Durante o ataque morreu também uma professora de 22 anos e
outras 17 crianças sofreram ferimentos graves.
"Toda a comunidade está em
choque, eles não conseguem entender o que aconteceu", afirmou
Stephen Amin, um jornalista local
que testemunhou o ataque.
Segundo ele, o avião despejou as
quatro bombas no local e depois
mais oito perto de outras duas escolas de vilas próximas.
Um vídeo amador feito poucos
minutos depois mostra uma
criança desnorteada com a mão
estraçalhada e a diretora do colégio tentando segurar os intestinos
de outro garoto atingido pelos estilhaços na barriga. O segundo
menino morreu logo em seguida.
Nartisio Loluke Manir, representante de uma organização de
ajuda ligada à guerrilha separatista, disse que o governo tenta acabar com a educação e evitar o desenvolvimento da região.
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