São Paulo, domingo, 12 de março de 2006

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MEMÓRIA

Pingue-pongue quebrou gelo com a China

Duelo em Pequim com esportistas americanos preparou a visita histórica de Nixon em 1972

DA REPORTAGEM LOCAL

Os jogadores de basquete que agora desbravam o Irã não são os primeiros esportistas dos EUA a exercer informalmente funções de diplomatas.
Pouco mais de 30 anos atrás, coube a uma delegação de atletas a missão de ajudar a encerrar um longo hiato na relação com a China, país também hostil, na época, à cultura e à política norte-americanas.
Corria o mês de abril em 1971 quando mesa-tenistas dos EUA, que estavam no Japão para competir no Campeonato Mundial da modalidade, receberam um convite para visitar Pequim e disputar partidas amistosas.
Não era uma convocação comum. Desde a chegada de Mao Tse-tung ao poder, em 1949, não havia registros da passagem de cidadãos americanos pelo país.
Recebidos pelo então premiê Chou En-lai, os mesa-tenistas dos EUA jogaram para mais de 18.000 pessoas em um ginásio da capital chinesa. Após os duelos -vencidos pelos anfitriões no masculino e no feminino-, foram programadas visitas ao Palácio de Verão e também à Grande Muralha.
A partir daquele episódio, batizado posteriormente de "diplomacia do pingue-pongue", as relações dos EUA com a China ganharam novo fôlego. Menos de um ano após os jogos amistosos, Richard Nixon, então presidente norte-americano, fez uma visita histórica à China, negociada pelo secretário de Estado na época, Henry Kissinger.
No mesmo ano (1972), a gentileza esportiva foi retribuída quando mesa-tenistas chineses desembarcaram nos EUA e enfrentaram a seleção local. (GR)


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