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MEMÓRIA
Pingue-pongue quebrou gelo com a China
Duelo em Pequim com esportistas americanos preparou a visita histórica de Nixon em 1972
DA REPORTAGEM LOCAL
Os jogadores de basquete que
agora desbravam o Irã não são
os primeiros esportistas dos
EUA a exercer informalmente
funções de diplomatas.
Pouco mais de 30 anos atrás,
coube a uma delegação de atletas
a missão de ajudar a encerrar
um longo hiato na relação com a
China, país também hostil, na
época, à cultura e à política norte-americanas.
Corria o mês de abril em 1971
quando mesa-tenistas dos EUA,
que estavam no Japão para competir no Campeonato Mundial
da modalidade, receberam um
convite para visitar Pequim e
disputar partidas amistosas.
Não era uma convocação comum. Desde a chegada de Mao
Tse-tung ao poder, em 1949, não
havia registros da passagem de
cidadãos americanos pelo país.
Recebidos pelo então premiê
Chou En-lai, os mesa-tenistas
dos EUA jogaram para mais de
18.000 pessoas em um ginásio da
capital chinesa. Após os duelos
-vencidos pelos anfitriões no
masculino e no feminino-, foram programadas visitas ao Palácio de Verão e também à Grande Muralha.
A partir daquele episódio, batizado posteriormente de "diplomacia do pingue-pongue", as
relações dos EUA com a China
ganharam novo fôlego. Menos
de um ano após os jogos amistosos, Richard Nixon, então presidente norte-americano, fez uma
visita histórica à China, negociada pelo secretário de Estado na
época, Henry Kissinger.
No mesmo ano (1972), a gentileza esportiva foi retribuída
quando mesa-tenistas chineses
desembarcaram nos EUA e enfrentaram a seleção local.
(GR)
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