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EUROPA
Alunos da universidade que simbolizou o movimento estudantil de 68 protestavam contra reforma trabalhista do governo
Polícia francesa invade Sorbonne
durante protesto
DA REDAÇÃO
A polícia de choque francesa
usou gás lacrimogêneo ontem para reprimir um protesto de estudantes da universidade Sorbonne,
que já dura três dias. Os manifestantes protestam contra reformas
trabalhistas do governo.
Os estudantes ocuparam a universidade, centro das revoltas estudantis de maio de 1968, na
quarta-feira, para protestar contra o plano do premiê Dominique
de Villepin. O projeto implantará
o Contrato de Primeiro Emprego
(CPE), que, segundo críticos, vai
permitir que empregadores contratem e demitam trabalhadores
com maior facilidade.
Milhares de pessoas também
protestaram durante a semana.
A imprensa francesa informou
que o ministro do Interior, Nicolas Sarkozy, encurtou uma viagem devido aos protestos -os
piores distúrbios desde a revolta
na periferia da capital em 2005.
O ministro da Educação, Gilles
de Robien, visitou o local após a
expulsão dos militantes. "É isso
que acontece quando você clama
por desordem", disse.
A polícia entrou na universidade perto das 4h (hora local), expulsou cerca de 200 estudantes e
prendeu 11 pessoas.
Duas pessoas ficaram feridas,
entre elas um fotógrafo que foi
atingido quando os manifestantes
começaram a jogar garrafas, cadeiras e extintores de incêndio
nos policiais.
A polícia invadiu o local após os
estudantes terem bloqueado a
praça fora da Sorbonne e o boulevard Saint Michel. Os estudantes
reclamaram que a polícia usou de
força excessiva.
"A polícia mostrou violência
além de todos os limites. As pessoas estavam tocando música e
foram atacadas de uma maneira
inacreditável", disse a estudante
de teatro Marianne, 20. "Metade
de nós queria sair pacificamente,
a outra metade queria ficar. Votamos por ficar, mas eles entraram e
nos fizeram sair a força."
"Se o governo quer usar a força
para lutar pelo CPE, então estamos caminhando para um sério
conflito", disse Bruno Julliard,
presidente da união de estudantes, Unef. Os estudantes planejavam mais manifestações no centro de Paris.
Com agências internacionais
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