|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
PERU
Diferença entre eles é pouco superior a 1 ponto, e indefinição sobre quem enfrentará Humala no segundo turno continua
Na apuração, García amplia vantagem sobre Flores
FABIANO MAISONNAVE
ENVIADO ESPECIAL A LIMA
A expectativa no Peru sobre
quem vai disputar o segundo turno com o candidato nacionalista
Ollanta Humala continua: no terceiro dia de apuração, o ex-presidente de centro-esquerda Alan
García, 56, aumentou sua ligeira
vantagem sobre a direitista Lourdes Flores, 46, mas a pequena distância entre os dois mantém o resultado indefinido.
Computados 86,64% dos votos
até o fechamento desta edição,
García aparecia com 24,56% dos
votos válidos, contra 23,44% de
sua adversária direta. A diferença
entre os dois, que protagonizaram a mesma disputa em 2001, é
de apenas 1,12 ponto percentual.
Há cinco anos, García foi quem
passou ao segundo turno, quando
perdeu para o atual presidente,
Alejandro Toledo.
Humala, 43, prossegue na liderança com 30,88%.
Depois de um dia em silêncio,
Flores disse ontem que se mantém otimista e citou os 40% dos
votos no exterior ainda não computados e o 1,2 milhão de votos
em reavaliação por erros de cálculo -metade desses votos seria de
Lima, onde a direitista mantém
confortável vantagem.
Já García disse que está "convicto" de que irá ao segundo turno e
aposta que manterá a vantagem
por causa dos votos na zona rural
e já tem falado em criar uma grande frente contra Humala. Não
descartou sequer buscar o apoio
dos fujimoristas, que conseguiram eleger a deputada mais votada, Keiko Fujimori, filha do ex-presidente Alberto Fujimori, preso no Chile, e que devem ter a
quarta bancada no Congresso.
A imprensa e os analistas peruanos têm divergido sobre quanto
tempo levará para que o resultado
final seja conhecido. Existe o temor de que o processo de impugnação de atas eleitorais por causa
de irregularidades, aliado à pequena diferença, atrase a definição até pelo menos a semana que
vem. Com isso, o segundo turno,
inicialmente previsto para 7 de
maio, será adiado. As datas prováveis para a nova votação são 28
de maio ou 4 de junho.
Analistas ouvidos pela Folha estimam que, caso a apuração chegue ao final sem que um dos candidatos consiga uma vantagem
maior do que um ponto percentual, o adversário de Humala só
será conhecido depois da revisão
das atas.
Texto Anterior: O vencedor: Discrição é a marca do acadêmico Prodi Próximo Texto: Crime: Itália prende o principal chefe da Máfia Índice
|