DA REDAÇÃO

A presença de um intruso em um dos aviões da comitiva do presidente dos EUA, George W. Bush, provocou ontem um aumento nas medidas de segurança de seu giro diplomático pela África, que termina hoje na Nigéria.
Um intruso viajou da África do Sul para Uganda no avião dos jornalistas que acompanham Bush e entrou no complexo em que ocorreu o encontro com o presidente ugandense, Yoweri Museveni.
Agentes da segurança de Bush fizeram uma varredura no avião depois que o intruso foi detido.
"Ele não tinha credencial. Não tinha passaporte. Não tinha nada", disse um funcionário responsável pelas viagens de Bush.
Para o embarque seguinte, que levou ontem mesmo a comitiva presidencial para Abuja (Nigéria), os agentes de segurança decidiram revistar as bagagens de mão dos jornalistas e inspecionar de novo o avião em que viajavam.
O incidente com o intruso ocorreu num momento em que as preocupações com segurança são uma obsessão entre os americanos. Desde os ataques terroristas de 11 de setembro de 2001, os EUA criaram uma graduação de níveis de alerta contra atentados.
O Boeing-747 da United Arlines em que o intruso viajou transportava 130 pessoas (entre jornalistas, funcionários da Casa Branca e agentes do serviço secreto).
Segundo agentes de Uganda, o intruso, que não havia sido identificado, é sul-africano. Depois de ser detido, ele foi encaminhado para interrogatório. Se nada fosse levantado contra ele, seria mandado de volta para seu país.
De acordo com jornalistas que acompanham a viagem de Bush, o intruso chegou a ser revistado na África do Sul e conseguiu embarcar mesmo sem ter credencial.
No curto período em Uganda, o presidente americano disse que o programa de combate à Aids do país é um exemplo para a África.
Esse tema e a discussão sobre o envio de tropas americanas para a Libéria, em guerra civil, dominaram a agenda de Bush em seu giro pela África, iniciado na segunda.
Apesar da atenção dada por Bush à proliferação da Aids no continente africano, o mais prejudicado pelo problema, o Congresso americano liberou anteontem só dois terços da verba prevista inicialmente no Orçamento de 2004 para o auxílio ao combate à doença no mundo.
Hoje, o presidente dos EUA se encontra com o colega nigeriano, Olusegun Obasanjo. Na chegada de Bush ontem, houve novos protestos contra ele.
A polícia de Abuja também destruiu construções ilegais na cidade antes de a comitiva presidencial desembarcar.