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PERU
Guzmán nega ligação com grupo
Emboscada do Sendero Luminoso mata sete
DA REDAÇÃO
Uma suposta emboscada do
grupo terrorista Sendero Luminoso a uma patrulha em uma área
de selva no sudeste do Peru deixou pelo menos sete mortos e dez
feridos. Foi o pior ataque contra
militares do país nos últimos quatro anos. A ação aconteceu anteontem, mas só foi divulgada ontem pelas Forças Armadas.
Os mortos são cinco integrantes
da Marinha do país, incluindo um
oficial, e dois camponeses de comitês de autodefesa civil que integravam a patrulha como guias.
No mês passado, o Sendero Luminoso já havia sido acusado de
sequestrar 71 operários da empresa argentina Techint, que trabalhavam em um gasoduto em Ayacucho. Eles foram libertados 36
horas depois. Desde então, cerca
de vinte patrulhas foram realizadas para tentar encontrar os sequestradores. Um militar já havia
sido morto e ao menos dois foram
feridos nas buscas.
Conhecido como um dos mais
violentos grupos rebeldes da
América Latina nos anos 80, o
Sendero Luminoso havia perdido
força desde 1992, com a captura
de seu líder, Abimael Guzmán.
Segundo líderes dos comitês de
autodefesa na região de Ayacucho, nos Andes, os guerrilheiros
têm agora armas mais modernas.
Nos combates entre os anos 80 e
90, as armas utilizadas eram de segunda mão, roubadas. A cidade
de Ayacucho, a 320 km da capital,
Lima, é considerada o local de origem do Sendero Luminoso.
Na cadeia, Guzmán negou que
tivesse ligação com os últimos
ataques e disse que não reconhece
a facção ""Prosseguir com a Luta
Armada", acusada pelas ações.
Balas
A região do ataque de anteontem fica próxima ao povoado de
Matucana e está a cerca de 550 km
de Lima, na província de Huanta
(Departamento de Ayacucho).
Os militares perseguiam um
grupo de cerca de 50 guerrilheiros
que havia passado por Matucana
para tentar cooptar mais combatentes e comprar alimentos.
A emboscada ocorreu quando a
patrulha, formada por cerca de 30
integrantes, havia parado para
descansar. Os militares foram atacados a tiros, que vinham de rebeldes escondidos na mata. Não
há informação sobre algum guerrilheiro também ter sido atingido.
"As balas vinham de todas as direções", disse um oficial militar
que participava da patrulha à
agência de notícias Associated
Press.
Mortos
As ações envolvendo o Sendero
Luminoso mataram cerca de 30
mil pessoas desde 1980, entre rebeldes, militares e civis.
No auge de sua campanha revolucionária, no início dos anos 90,
o grupo guerrilheiro chegou a enfraquecer o governo do Peru de
então, com seguidos assassinatos
de prefeitos e explosões de carros-bomba na capital do país.
Com agências internacionais
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