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REINO UNIDO
Depoente diz que houve preocupação com linguagem do dossiê sobre Iraque
Começa investigação do caso Kelly
DA REDAÇÃO
No primeiro dia da investigação
sobre o suicídio do cientista britânico David Kelly, surgiram ontem
novas evidências de que havia
preocupação entre funcionários
da inteligência a respeito do dossiê que acusava o Iraque de ser capaz de acionar armas químicas e
biológicas em apenas 45 minutos.
Kelly, encontrado morto em 18
de julho, foi fonte de uma reportagem da rede BBC que acusou o
governo do premiê Tony Blair de
"inflar" as provas contra o Iraque.
Assessor do Ministério da Defesa
britânico, ele era especializado em
armas não-convencionais.
Martin Howard, vice-chefe do
serviço de inteligência da defesa,
disse que dois membros de seu
departamento haviam escrito formalmente expressando preocupação com a linguagem usada no
dossiê, divulgado em 24 de setembro do ano passado.
Ele disse, porém, que a informação veio de "uma fonte bem estabelecida e confiável". Howard
também não trouxe nenhuma
evidência de que o dossiê sofrera
intervenção de Alastair Campbell,
diretor de comunicação, como
afirma a reportagem da BBC.
James Dingemans, conselheiro
da investigação, apresentou cópia
de uma carta escrita por um funcionário aposentado do Ministério da Defesa em que expressava
dúvidas sobre o dossiê. A carta
não foi assinada.
O caso Kelly jogou Blair em sua
pior crise política em seis anos como premiê. Pesquisas têm apontado queda na sua popularidade.
Com agências internacionais
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