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São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 2003

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REINO UNIDO

Depoente diz que houve preocupação com linguagem do dossiê sobre Iraque

Começa investigação do caso Kelly

DA REDAÇÃO

No primeiro dia da investigação sobre o suicídio do cientista britânico David Kelly, surgiram ontem novas evidências de que havia preocupação entre funcionários da inteligência a respeito do dossiê que acusava o Iraque de ser capaz de acionar armas químicas e biológicas em apenas 45 minutos.
Kelly, encontrado morto em 18 de julho, foi fonte de uma reportagem da rede BBC que acusou o governo do premiê Tony Blair de "inflar" as provas contra o Iraque. Assessor do Ministério da Defesa britânico, ele era especializado em armas não-convencionais.
Martin Howard, vice-chefe do serviço de inteligência da defesa, disse que dois membros de seu departamento haviam escrito formalmente expressando preocupação com a linguagem usada no dossiê, divulgado em 24 de setembro do ano passado.
Ele disse, porém, que a informação veio de "uma fonte bem estabelecida e confiável". Howard também não trouxe nenhuma evidência de que o dossiê sofrera intervenção de Alastair Campbell, diretor de comunicação, como afirma a reportagem da BBC.
James Dingemans, conselheiro da investigação, apresentou cópia de uma carta escrita por um funcionário aposentado do Ministério da Defesa em que expressava dúvidas sobre o dossiê. A carta não foi assinada.
O caso Kelly jogou Blair em sua pior crise política em seis anos como premiê. Pesquisas têm apontado queda na sua popularidade.


Com agências internacionais

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