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Cuba rejeita "compañero'
da Redação e
da "France Presse"
Após quase 40 anos, o uso da
palavra "compañero" (companheiro) como forma de tratamento entre os cubanos pode estar com seus dias contados.
Uma campanha no país propõe
a troca do termo, um dos símbolos da Revolução Cubana de
1959, por "señor".
Por estar vivendo uma crise
com seu sistema socialista, Cuba
vem introduzindo timidamente
uma economia de mercado. Por
isso, o país discute o fim do uso
do vocábulo pós-revolução.
Como "señor" é entendido
pelos cubanos como uma forma
"burguesa" de tratamento, a
revista "Espacios" propôs o
uso de "hermano" (irmão).
A discussão em Cuba lembra
episódios de outros países. Em
91, quando a URSS (União das
Repúblicas Socialistas Soviéticas) deixou de existir, iniciou-se
um processo para se evitar o termo "tovarich" (camarada).
Passou-se a usar, então, "gaspadin" (senhor) ou "grajdanin" (cidadão), embora o "tovarich" ainda sobreviva entre os
russos mais idosos.
Na América Latina, o uso de
"companheiro" -em vez de
"camarada"- foi o mais adotado entre os militantes comunistas nos anos 60 e 70.
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