DA REDAÇÃO

O presidente da Autoridade Nacional Palestina, Iasser Arafat, 74, disse ontem a milhares de palestinos que faziam um ato de apoio a ele em frente a seu quartel-general, em Ramallah, que não deixará os territórios palestinos apesar da ameaça de expulsão que paira sobre ele.
"Vocês são pessoas corajosas, meus queridos. Abu Ammar ficará aqui", afirmou Arafat, também conhecido como Abu Ammar, diante de cerca de 7.000 palestinos. Estes cantavam músicas favoráveis a seu líder. "Vocês são aqueles que podem responder à ameaça israelense", acrescentou.
Nos últimos 21 meses, ele permaneceu quase todo o tempo em seu quartel-general, confinado por Israel. Milhares de palestinos saíram às ruas em várias cidades de Gaza e da Cisjordânia depois do anúncio de que Israel poderia expulsá-lo.
De acordo com analistas, a atitude de Israel só faz aumentar a popularidade de Arafat, transformando-o numa espécie de mártir.
Levado por seus guarda-costas até a entrada da Muqataa, a sede da liderança palestina -que está bastante danificada por conta de ações israelenses-, Arafat parecia combativo, mas mostrava cansaço. Ele exortou a população a continuar a seu lado para protegê-lo.
Segundo um líder do grupo terrorista Brigadas dos Mártires de Al Aqsa, ligado ao Fatah (facção política de Arafat), "não sobrará uma pessoa com vida em Israel se o aspecto político desaparecer" (referência à expulsão de Arafat).