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Expectativa negativa caiu após divulgação
de Washington
Ainda não há pesquisas de opinião pública disponíveis sobre como os norte-americanos reagiram
à divulgação do relatório sobre o
escândalo Monica Lewinsky.
Mas as Bolsas de Valores, que subiram, ao contrário de quando o
relatório foi entregue ao Congresso, indicam que a expectativa negativa sobre seus efeitos diminuiu.
Analistas financeiros dizem que
o relatório revelou mais ou menos
o que já se esperava e que não há
nada de muito dramaticamente
novo nele. Por isso, a questão para
o país é pensar melhor o que já o
vem preocupando há oito meses.
Os congressistas, que vão julgar
se Clinton sofrerá ou não impeachment, foram prudentes ontem:
quase todos disseram que ainda é
cedo para emitir opiniões, que precisam ler em detalhe o relatório.
Mas o desconforto com os detalhes das cenas de intimidade entre
Clinton e Lewinsky na Casa Branca
foi muito grande para alguns. Em
especial, os relatos de que o presidente falou com diversos parlamentares ao telefone enquanto a
estagiária praticava sexo oral com
ele. Na cabeça de muitos congressistas pode ter passado a pergunta:
"Será que era eu ao telefone?"
Entre pessoas comuns, a primeira reação, medida em infindáveis
"povo fala" na TV, foi mais ou menos a de sempre: o que o presidente fez é indefensável, imoral, mas
não afeta a minha vida, que continua boa, talvez graças a ele.
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