São Paulo, quinta-feira, 12 de outubro de 2006

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BOLÍVIA

Morales reage a greve de motoristas com ato indígena

DA REDAÇÃO

A Confederação Nacional de Motoristas da Bolívia (CCHB) ameaça paralisar as nove maiores cidades do país hoje e amanhã contra o plano do governo de Evo Morales de regularizar milhares de veículos que chegaram ao país por contrabando nos últimos anos. Cerca de 60 mil veículos ilegais podem ser regularizados - o que aumentará a concorrência com táxis e lotações atualmente legalizados, afiliados à confederação. A tensão social é ampliada pela Central Operária Boliviana (COB), que pede mais diálogo ao governo e mobilizou anteontem milhares de mineiros, professores e camponeses para exigir indenizações aos familiares dos 16 mineiros que morreram em disputa por uma mina de estanho, na semana passada.
Diante da ameaça de greve no transporte coletivo, a resposta do governo foi convocar outra manifestação. Indígenas e cocaleiros, base eleitoral mais fiel do presidente, farão uma "jornada de defesa da democracia", como mostra de apoio a Morales.
Eles participam do Encontro Continental de Povos e Nacionalidades Indígenas de AbyaYala (como chamam o continente americano), celebrado em La Paz nos dias em que se comemora a "descoberta" da América.
Também em defesa do presidente, xamãs de Tiawanacu realizaram ontem um ritual de "purificação" de Morales, com o presidente usando trajes típicos, para que ele seja "iluminado". "Estou muito contente e animado, pois sabia que teria problemas", disse Morales.


Com agências internacionais


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