DA REDAÇÃO

Os esforços americanos para superar o impasse na Otan não surtiram efeito ontem. Os EUA apresentaram uma proposta mais modesta de ajuda defensiva à Turquia antes de um eventual conflito no Iraque, mas França, Bélgica e Alemanha mantiveram o seu veto à iniciativa.
Novas discussões devem ocorrer hoje na aliança militar ocidental, que vive desde segunda-feira uma de suas piores crises.
Os três países europeus - contrários a uma ofensiva contra o Iraque agora- argumentam que aceitar o envio de equipamentos militares aos turcos seria aceitar a "lógica da guerra" e prejudicaria os esforços em busca de uma solução pacífica para a questão do desarmamento de Bagdá.
Os EUA moderaram a sua proposta original de auxílio, suprimindo do texto menções a planos completos de contingência em caso de conflito e concentrando a questão na proteção. A Turquia é o único país da Otan a fazer fronteira com o Iraque e teme ser alvo de retaliação de Bagdá.
Segundo diplomatas, as nações européias que se opõem à iniciativa devem aguardar a apresentação ao Conselho de Segurança, amanhã, do chefe dos inspetores de armas, Hans Blix, antes de reavaliar a sua posição na Otan.
O presidente francês, Jacques Chirac, declarou ontem que pretende ajudar a defender Ancara em caso de guerra. Ele telefonou ao presidente turco, Ahmet Necdet Sezer, para expressar apoio.