São Paulo, quarta, 13 de maio de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Ajuda divide especialistas

da reportagem local

A principal contribuição que os países do Mercosul têm dado ao Paraguai é o apoio firme e incondicional à democracia no país.
É o que diz o professor José Augusto Guilhon Albuquerque, do Centro de Pesquisa de Relações Internacionais da USP: "O Brasil e a Argentina condenaram a tentativa de golpe liderada pelo general Lino Oviedo em 1996 e exigiram o cumprimento do calendário eleitoral este ano".
Segundo ele, uma eventual ajuda econômica ao Paraguai não estaria de acordo com as propostas e os objetivos do Mercosul.
"O Mercosul busca dinamizar o mercado regional com o objetivo de melhorar nossa competitividade no mundo globalizado", diz. "Não podemos inventar custos adicionais que estimulem a ineficiência."
Já Osvaldo Coggiola, professor de História Contemporânea da USP, acha que a ajuda econômica teria sentido no contexto de um Mercosul mais preocupado com as questões sociais.
"Seria até uma questão de justiça histórica, pois o Brasil, a Argentina e o Uruguai contribuíram para o retrocesso econômico do país após a Guerra do Paraguai", diz.
Entre 1864 e 1870, os três países entraram em guerra contra o Paraguai. Dois terços dos paraguaios morreram e a economia do país, então em processo de crescimento e industrialização, ficou gravemente comprometida. (OTÁVIO DIAS)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.