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Ofensiva é uma das mais intensas
DO "EL PAÍS", EM MADRI
O ETA deu início, desde o fim
da trégua em dezembro passado,
a uma de suas ofensivas mais intensas e cuidadosamente planejadas, tanto pelo alarde como pela
diversificação das áreas e dos alvos atacados e a sequência temporal dos atentados.
Em meio ano, a organização assassinou cinco pessoas, uma a
menos que no mesmo período de
98, em que se manteve ativa, antes
do cessar-fogo.
Com cada um dos atentados,
marcou claramente uma intenção
e um setor diferente e bem concreto de inimigos.
A dureza que o grupo tem empregado desmentiu qualquer expectativa sobre uma ruptura
branda e sem mortos da trégua.
A organização terrorista não
economizou meios. O uso de explosivos e o recurso ao carro-bomba significam uma volta às
suas ações do início dos anos 90.
Contando os dois veículos carregados de explosivos interceptados pela polícia em Calatayud, no
final de dezembro, o ETA pôs em
circulação cerca de 2 toneladas de
explosivos. Cerca de 1,7 viajavam
naqueles veículos, e outros 200 kg
serviram para produzir seis carros-bomba.
Houve atentados em Bilbao em
dezembro, em Madri em janeiro,
um mês depois em Vitoria, em
princípios de março em Intxaurrondo, em junho em Getxo, além
do de ontem. Entre os mortos, há
militares, políticos e jornalistas.
O ETA não fez explodir, durante a década de 90, um número tão
alto de carros-bomba no espaço
de apenas seis meses.
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