São Paulo, quarta-feira, 13 de julho de 2011

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ANÁLISE

Pressão em alta sobre euro pode forçar reviravolta de Angela Merkel

NOAH BARKIN
MATHIAS SOBOLEWSKI
DA REUTERS, EM BERLIM

A chanceler (primeira-ministra) alemã Angela Merkel pode ser forçada a uma grande mudança em sua abordagem em relação à crise da dívida na zona do euro, devido à crescente pressão que sofre, em seu país e na Europa.
Aliados políticos e dirigentes da UE (União Europeia) afirmam que ela terá de escolher entre um salto adiante na integração fiscal europeia, para apoiar a Grécia e outros devedores, ou uma reestruturação da dívida grega.
Espera-se que ela escolha uma solução europeia, a despeito das pressões internas. Desde que surgiu a crise, em março de 2009, Merkel concordou relutantemente com resgates a Grécia, Irlanda e Portugal, prometendo que faria o necessário para salvar o euro. Mas agora países maiores, como a Espanha e a Itália, sofrem risco.
Apenas uma vez ela vacilou com relação à linha-dura que mantém para com os países financeiramente mais fracos -em maio de 2010, quando, sob pressão dos mercados financeiros e de outros líderes do bloco, aceitou criar um fundo de resgate.
A crise no bloco econômico voltou a atingir o mesmo estágio esta semana e, com uma reunião de emergência entre líderes da UE em discussão, Merkel pode se ver forçada a engolir medidas a que vem resistindo há meses. Em Berlim, da mesma forma, cresce o desapontamento com a postura de Merkel.
Membros do partido da chanceler e de sua coalizão admitem, em foro privado, que chegou a hora de adotar nova abordagem, apesar de ainda restarem divergências quanto à melhor escolha -se uma união fiscal mais ampla ou uma reestruturação forçada da dívida grega.


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