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São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2003

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TERROR

Arma serve para abater aviões

FBI prende homem que tentou vender míssil

DA REDAÇÃO

O FBI (polícia federal dos EUA) anunciou ontem a prisão de um homem suspeito de planejar a venda de um míssil terra-ar a terroristas. Não estava claro se a operação teria ligação com a rede terrorista Al Qaeda, responsável pelo 11 de Setembro.
O suspeito, um britânico cujo nome não foi divulgado, foi detido em Nova Jersey após uma investigação da qual participaram autoridades britânicas e russas.
Segundo o FBI, o homem teria, nos EUA, importado um míssil de fabricação russa Igla -que tem alcance de quatro quilômetros e sistema infravermelho- a fim de vendê-lo a extremistas islâmicos. Mas o comprador era um agente disfarçado do FBI.
Na fita de áudio gravada pelo agente, citada pela rede de TV britânica BBC, ouve-se a voz do traficante de armas afirmando desejar que o míssil fosse usado para abater um grande avião de passageiros. O FBI negou que o avião em questão fosse o avião oficial do presidente George W. Bush.
Ainda segundo a BBC, o míssil teria custado US$ 85 mil e teria chegado ao porto de Baltimore (EUA) disfarçado como equipamento médico.
A preocupação com o uso de mísseis de pequeno porte, que podem ser disparados por um mecanismo apoiado sobre o ombro, em ataques a aviões comerciais cresceu em novembro, após o ataque malsucedido a um jato israelense em Mombaça (Quênia).
Em junho, os líderes que participaram da cúpula do G8 em Evian (França) adotaram medidas para restringir a venda desse tipo de arma.
Nos EUA, o Departamento da Segurança Interna pediu às empresas de tecnologia que desenvolvam tecnologia capaz de proteger os aviões desse tipo de míssil. Washington também enviou especialistas em segurança da aviação ao Iraque e a capitais na Europa e na Ásia para examinar aeroportos.


Com agências internacionais

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