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São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2003

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CLIMA

Governo não confirma que o calor no país tenha matado tanto, mas admite que os hospitais estão sobrecarregados

Médicos franceses falam em cem mortos

DA REDAÇÃO

A associação francesa dos médicos em setores de emergência estimou ontem em ao menos cem as mortes por causa do calor, ao incluir na contagem todo o país.
O presidente da entidade, Patrick Pelloux, já havia avaliado em ao menos 50 os mortos na região de Paris. Ele pediu que a Cruz Vermelha e o Exército ajudem os hospitais franceses. A rádio France Info divulgou que 500 pessoas já chegaram aos setores de emergência na região da capital em razão de problemas ligados ao calor.
O ministro Jean-François Mattei (Saúde) não confirma as mortes, mas admite que os hospitais estão sobrecarregados, sobretudo com idosos. Ele disse, porém, que o governo tem atuado e pediu o uso da linha telefônica para orientações. A expectativa é que as temperaturas, que chegam aos 40C, comecem a baixar amanhã.
A energética francesa EDF, com a produção em queda, pediu a diminuição do consumo. A empresa tem problemas para resfriar as instalações, já que subiu a temperatura dos rios. Por causa disso, foi autorizada a devolver a água que usa a uma temperatura mais alta. A EDF informa que não há risco de apagão nesta semana.
Até a safra de uvas em Beaujolais vai ser a mais precoce da região vinícola por causa do calor.
Fora a França, as mortes na Europa pelo calor e os incêndios são ao menos 45. Em Portugal, 215 mil hectares de matas se queimaram, uma área como a de Luxemburgo e a pior marca desde 1980.


Com agências internacionais

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