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CLIMA
Governo não confirma que o calor no país tenha matado tanto, mas admite que os hospitais estão sobrecarregados
Médicos franceses falam em cem mortos
DA REDAÇÃO
A associação francesa dos médicos em setores de emergência
estimou ontem em ao menos cem
as mortes por causa do calor, ao
incluir na contagem todo o país.
O presidente da entidade, Patrick Pelloux, já havia avaliado em
ao menos 50 os mortos na região
de Paris. Ele pediu que a Cruz
Vermelha e o Exército ajudem os
hospitais franceses. A rádio France Info divulgou que 500 pessoas
já chegaram aos setores de emergência na região da capital em razão de problemas ligados ao calor.
O ministro Jean-François Mattei (Saúde) não confirma as mortes, mas admite que os hospitais
estão sobrecarregados, sobretudo
com idosos. Ele disse, porém, que
o governo tem atuado e pediu o
uso da linha telefônica para orientações. A expectativa é que as
temperaturas, que chegam aos
40C, comecem a baixar amanhã.
A energética francesa EDF, com
a produção em queda, pediu a diminuição do consumo. A empresa tem problemas para resfriar as
instalações, já que subiu a temperatura dos rios. Por causa disso,
foi autorizada a devolver a água
que usa a uma temperatura mais
alta. A EDF informa que não há
risco de apagão nesta semana.
Até a safra de uvas em Beaujolais vai ser a mais precoce da região vinícola por causa do calor.
Fora a França, as mortes na Europa pelo calor e os incêndios são
ao menos 45. Em Portugal, 215
mil hectares de matas se queimaram, uma área como a de Luxemburgo e a pior marca desde 1980.
Com agências internacionais
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