|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
INFORMÁTICA
Em várias partes do mundo, "vermes" invadem o Windows pela internet e obrigam o usuário a fechar o computador
Vírus atacam milhões de micros em 2 dias
FERNANDO CANZIAN
DE WASHINGTON
Milhões de computadores nos
EUA e em outras partes do mundo vêm sendo atacados desde anteontem por vírus que invadem
sistemas operacionais Windows e
obriga os usuários a fechar ou reinicializar suas máquinas.
Esses vírus são do tipo "verme"
-que se propaga sem a intervenção do usuário do computador ao
implantar-se em seu sistema operacional. Eles entram no momento em que o usuário está navegando pela internet.
Dois vírus vêm se disseminando: o "LoveSan" e o "WinBlast".
No primeiro caso, o problema gera ainda uma mensagem criticando a falta de segurança do sistema
operacional da Microsoft.
"Billy Gates, por que você tornou isso possível? Pare de se preocupar em ganhar dinheiro e dê
um jeito em seu software", diz a
mensagem, que cita o fundador e
dono da Microsoft, Bill Gates.
Ao contrário da maioria dos vírus, que infectam computadores
via e-mail, o "verme" se aproveita
de uma falha em quase todas as
versões do Windows e o obriga a
ser encerrado.
Quando o usuário reinicializa o
computador, tudo parece voltar
ao normal. Minutos depois que
começa a navegar pela internet, a
mesma mensagem de encerrar
reaparece na tela. Em um minuto,
o computador apaga.
O problema ainda pode causar
uma diminuição do espaço de
memória e tornar a conexão na
internet cada vez mais lenta.
Os vírus atacaram principalmente computadores domésticos, que possuem versões de programas antivírus inferiores aos da
grandes corporações.
Várias empresas e a própria Microsoft disponibilizaram endereços na rede para atualizar o Windows e fechar a porta por onde os
vírus entram. O problema é que
muitos usuários não têm os antivírus capazes de destruir o "verme", que precisa ser eliminado
antes de ter seu acesso bloqueado.
Além dos computadores domésticos, centenas de empresas
nos EUA, na Europa e na Ásia tiveram as atividades comprometidas nos dois últimos dias e estimam milhões de dólares em prejuízo.
Na Alemanha, o caso mais grave
foi registrado pela montadora
BMW, que teve boa parte de sua
área comercial afetada ontem.
A Microsoft informa que desde
julho vinha avisando em seu site
sobre a possibilidade da ocorrência de um ataque como o dos últimos dias.
Brasil pouco afetado
No Brasil, os fabricantes de programas antivírus ouvidos pela Folha não souberam indicar com
precisão o número de computadores infectados no país, mas os
dados fornecidos sugerem efeitos
bastante restritos. A Symantec diz
ter recebido 140 cópias do vírus
para análise. A McAfee diz ter sido procurada por 25 empresas,
mas não informa quantas máquinas foram infectadas em cada
uma delas. Para a Panda Software,
o vírus havia contaminado 2,08%
dos computadores brasileiros até
o fechamento desta edição -a
empresa não divulgou o método
usado para chegar a esse número.
Texto Anterior: América Latina: Governo norte-americano anuncia aumento do auxílio à Colômbia Próximo Texto: Iraque ocupado: EUA capturam general de Saddam Índice
|