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São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 2003

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IRAQUE OCUPADO

Soldado é morto; baixas dos EUA no pós-guerra chegam a 123

EUA capturam general de Saddam

DA REDAÇÃO

Os EUA anunciaram ontem a captura de um ex-comandante da Guarda Republicana, a força de elite de Saddam Hussein, e de um guarda-costas do ex-ditador durante uma operação na conturbada região noroeste do país, onde mais um soldado americano foi morto em ataque.
A ofensiva lançada na véspera envolveu um contingente de 250 homens e culminou com a prisão de 14 supostos aliados de Saddam, foragido desde abril. Todos os detidos, cujos nomes não foram divulgados, pertencem a uma mesma família de Tikrit, a cidade em que o ex-ditador foi criado.
"Visávamos uma família específica -uma das quatro que controlavam o regime deposto", disse o coronel Steve Russell, que participou da operação.
Segundo Russell, os militares tinham indícios de atuação da família na organização de ataques a soldados americanos e na ocultação de ex-membros do regime.

Mais mortes
A última baixa dos EUA ocorreu em Ramadi, no Triângulo Sunita -área entre Tikrit, Bagdá e Fallujah (oeste) que concentra os ataques contra os EUA. A explosão sincronizada de três bombas em uma estrada pela qual passava uma caravana americana deixou ainda dois feridos.
Testemunhas também disseram que a explosão de um veículo militar em Mossul (norte) teria matado quatro pessoas, mas a informação não foi confirmada.
Com 57 soldados mortos em ataques e 66 em acidentes desde o fim dos principais confrontos, em 1º de maio, o saldo de baixas dos EUA no pós-guerra, 123, já se aproxima do da guerra, 136.
Em Kirkuk (norte), um grupo curdo anunciou a captura de cerca de 50 combatentes estrangeiros que tentavam entrar no Iraque pela fronteira com o Irã. A Autoridade Provisória da Coalizão (APC) e os militares americanos já haviam falado sobre o envolvimento de combatentes estrangeiros nos ataques anti-EUA.
Segundo a União Patriótica do Curdistão, a maioria pertence ao Ansar al Islam, grupo que a APC acredita ser responsável pelo ataque à Embaixada da Jordânia em Bagdá, na semana passada, e supostamente ligado à Al Qaeda, responsável pelo 11 de Setembro.
Diante da falta de segurança, o comandante das forças americanas no país, general Ricardo Sanchez, disse que todos os soldados dos EUA ficarão no Iraque por ao menos um ano. Os primeiros dos 148 mil soldados hoje no Iraque chegaram à região no fim de 2002.

Volta à normalidade
O Conselho de Governo Iraquiano anunciou a concessão de licença a seis companhias aéreas estrangeiras - entre elas, a British Airways- e a reabertura do aeroporto de Basra (sul) até o fim deste mês. Os vôos internacionais para o Iraque estiveram suspensos durante os 12 anos de sanções da ONU, período em que apenas a Royal Jordanian tinha autorização para operar.


Com agências internacionais

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