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IRAQUE OCUPADO
Soldado é morto; baixas dos EUA no pós-guerra chegam a 123
EUA capturam general de Saddam
DA REDAÇÃO
Os EUA anunciaram ontem a
captura de um ex-comandante da
Guarda Republicana, a força de
elite de Saddam Hussein, e de um
guarda-costas do ex-ditador durante uma operação na conturbada região noroeste do país, onde
mais um soldado americano foi
morto em ataque.
A ofensiva lançada na véspera
envolveu um contingente de 250
homens e culminou com a prisão
de 14 supostos aliados de Saddam,
foragido desde abril. Todos os detidos, cujos nomes não foram divulgados, pertencem a uma mesma família de Tikrit, a cidade em
que o ex-ditador foi criado.
"Visávamos uma família específica -uma das quatro que controlavam o regime deposto", disse
o coronel Steve Russell, que participou da operação.
Segundo Russell, os militares tinham indícios de atuação da família na organização de ataques a
soldados americanos e na ocultação de ex-membros do regime.
Mais mortes
A última baixa dos EUA ocorreu
em Ramadi, no Triângulo Sunita
-área entre Tikrit, Bagdá e Fallujah (oeste) que concentra os ataques contra os EUA. A explosão
sincronizada de três bombas em
uma estrada pela qual passava
uma caravana americana deixou
ainda dois feridos.
Testemunhas também disseram que a explosão de um veículo
militar em Mossul (norte) teria
matado quatro pessoas, mas a informação não foi confirmada.
Com 57 soldados mortos em
ataques e 66 em acidentes desde o
fim dos principais confrontos, em
1º de maio, o saldo de baixas dos
EUA no pós-guerra, 123, já se
aproxima do da guerra, 136.
Em Kirkuk (norte), um grupo
curdo anunciou a captura de cerca de 50 combatentes estrangeiros
que tentavam entrar no Iraque
pela fronteira com o Irã. A Autoridade Provisória da Coalizão
(APC) e os militares americanos
já haviam falado sobre o envolvimento de combatentes estrangeiros nos ataques anti-EUA.
Segundo a União Patriótica do
Curdistão, a maioria pertence ao
Ansar al Islam, grupo que a APC
acredita ser responsável pelo ataque à Embaixada da Jordânia em
Bagdá, na semana passada, e supostamente ligado à Al Qaeda,
responsável pelo 11 de Setembro.
Diante da falta de segurança, o
comandante das forças americanas no país, general Ricardo Sanchez, disse que todos os soldados
dos EUA ficarão no Iraque por ao
menos um ano. Os primeiros dos
148 mil soldados hoje no Iraque
chegaram à região no fim de 2002.
Volta à normalidade
O Conselho de Governo Iraquiano anunciou a concessão de
licença a seis companhias aéreas
estrangeiras - entre elas, a British Airways- e a reabertura do
aeroporto de Basra (sul) até o fim
deste mês. Os vôos internacionais
para o Iraque estiveram suspensos durante os 12 anos de sanções
da ONU, período em que apenas a
Royal Jordanian tinha autorização para operar.
Com agências internacionais
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