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População exalta direito de votar
DA ENVIADA ESPECIAL A HONG KONG
Hong Kong amanheceu ontem com uma quantidade
maior de propaganda eleitoral
que no dia anterior e um pequeno exército que tentava
conquistar os votos do 30% de
indecisos com o clássico trabalho de "boca-de-urna".
Os que compareceram às urnas faziam referência a seu direito/dever de votar e à necessidade de influenciar o destino
político da ex-colônia britânica. Como o voto não é obrigatório, muitos aproveitaram o
domingo nos parques e shoppings, que ficaram lotados, em
mais um indício de que a economia local está se recuperando, após anos de estagnação.
"Antes de 1997, as decisões
eram tomadas no Reino Unido.
Agora que somos independentes, o governo obedece à China", disse Betty Yeung, consultora de empresas eleitora dos
candidatos pró-democracia.
Como ela, muitos eleitores temem o aumento da interferência de Pequim em Hong Kong.
Pelo acordo que devolveu a ex-colônia à China, em 1997, a ilha
deve ter um alto grau de autonomia pelo período de 50 anos,
com respeito aos direitos e garantias individuais que havia
durante o domínio britânico.
Os eleitores que votaram nos
candidatos democratas ontem
também enviaram a mensagem de que querem eleições
gerais em 2007 (para chefe do
Executivo) e 2008 (para o Legislativo), afirma Ma Ngok.
"A maioria da população de
tem medo de que Pequim adie
de maneira indefinida a realização de eleições", declarou
um eleitor não-identificado.
Huang Fulan, 27, também
eleitor dos democratas, disse
que era sua responsabilidade
votar. "Eu sempre voto. Eu voto para ser ouvido", declarou.
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