São Paulo, segunda-feira, 13 de setembro de 2004

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População exalta direito de votar

DA ENVIADA ESPECIAL A HONG KONG

Hong Kong amanheceu ontem com uma quantidade maior de propaganda eleitoral que no dia anterior e um pequeno exército que tentava conquistar os votos do 30% de indecisos com o clássico trabalho de "boca-de-urna".
Os que compareceram às urnas faziam referência a seu direito/dever de votar e à necessidade de influenciar o destino político da ex-colônia britânica. Como o voto não é obrigatório, muitos aproveitaram o domingo nos parques e shoppings, que ficaram lotados, em mais um indício de que a economia local está se recuperando, após anos de estagnação.
"Antes de 1997, as decisões eram tomadas no Reino Unido. Agora que somos independentes, o governo obedece à China", disse Betty Yeung, consultora de empresas eleitora dos candidatos pró-democracia.
Como ela, muitos eleitores temem o aumento da interferência de Pequim em Hong Kong. Pelo acordo que devolveu a ex-colônia à China, em 1997, a ilha deve ter um alto grau de autonomia pelo período de 50 anos, com respeito aos direitos e garantias individuais que havia durante o domínio britânico.
Os eleitores que votaram nos candidatos democratas ontem também enviaram a mensagem de que querem eleições gerais em 2007 (para chefe do Executivo) e 2008 (para o Legislativo), afirma Ma Ngok.
"A maioria da população de tem medo de que Pequim adie de maneira indefinida a realização de eleições", declarou um eleitor não-identificado.
Huang Fulan, 27, também eleitor dos democratas, disse que era sua responsabilidade votar. "Eu sempre voto. Eu voto para ser ouvido", declarou.

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