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Veteranos do ar
fazem seu 1º
vôo de combate
ANDREW BUNCOMBE
DO ""INDEPENDENT"
Ele voa há 22 anos, mas,
para o piloto Chuck Wright,
a missão de segunda-feira
contra alvos no Afeganistão
foi seu primeiro combate.
Ela confirmou suas expectativas e ainda chegou a excedê-las.
""Foi muito profissional, foi
muito do tipo "vamos fazer
exatamente o que fomos instruídos a fazer"", disse. ""Mas
acrescente a isso a excitação,
o medo, o grande temor do
desconhecido em relação ao
primeiro combate", declarou Chuck Wright.
""E, pela primeira vez, você
olha para baixo e vê o triplo-A (jargão para fogo antiaéreo) subindo em sua direção, e o coração dispara. Mas
você compreende que as balas não têm seu endereço e
que tudo vai sair bem", testemunhou o piloto.
Há quem possa entender
que a atitude agressiva exibida pelos pilotos envolvidos
nos ataques contra o Afeganistão vêm direto dos filmes
de Hollywood. E para muitos deles: apenas 15 dos 110
pilotos a bordo do porta-aviões Carl Vinson têm experiência de combate.
Para eles, o que estão vendo é mesmo algo que só tinham assistido nas telas do
cinema.
O capitão Wright, 44, disse
que parte da sua missão sobre Candahar, a cidade no
sul do Afeganistão que abriga o quartel-general dos líderes da milícia Taleban, era
destruir dois antiquados caças MiG-21 estacionados no
final da pista de pouso do aeroporto da cidade.
""Havia um caça no final da
pista, e lançamos uma bomba guiada a laser contra ele;
vimos uma bola de fogo como aquelas que se vê nos filmes ou sobre as quais se lê",
contou o piloto, que opera
um F-14 da Marinha norte-americana.
""Foi espantoso. Sabemos
que não será preciso voltar
atrás daquele avião, porque
foi destruído. Isso fez com
que eu me sentisse muito
bem", afirmou.
Em entrevista à agência de
notícias ""Reuters", o capitão
Wright e outros tripulantes
do porta-aviões disseram ter
encontrado resistência surpreendentemente pequena
do solo.
O almirante Tom Zelibor,
que comanda a frota em torno do porta-aviões, disse
que ""talvez sempre presumamos o pior. Eu classificaria a resistência como relativamente leve."
Algumas das missões que
estão sendo executadas duram até sete horas e exigem
diversos reabastecimentos
em vôo. Parte dos pilotos
tenta relaxar comendo sanduíches, salgadinhos ou doces durante as investidas sobre o território afegão.
Jujubas aéreas
Ken, um piloto de um F-18
Hornet natural de Washington, disse que estava comendo jujubas quanto as baterias antiaéreas começaram a
disparar contra ele.
""Eu estava comendo Twizzlers e os canhões de 57 milímetros começaram a disparar", disse o piloto, que preferiu não mencionar seu sobrenome.
""Eu já tinha sofrido uns tiros de chumbinho quando
ao caçar faisões, no passado,
mas isso não se compara a
ser alvo de fogo antiaéreo. É
algo surreal."
Tradução Paulo Migliaccio
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