São Paulo, segunda-feira, 13 de novembro de 2000

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ORIENTE MÉDIO
Premiê chegaria ontem aos EUA; violência continua na região
Pessimista, Barak encontra Clinton

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O primeiro-ministro de Israel, Ehud Barak, chegaria ontem aos EUA para discutir com o presidente Bill Clinton a crise no Oriente Médio. O encontro entre os dois estava previsto para começar às 21h30 (horário de Brasília). Barak já declarou que tem poucas esperanças de que o encontro possa estancar a onda de violência na região. Mais um palestino foi morto ontem na região, onde mais de 200 pessoas foram mortas (a grande maioria palestinos) em seis semanas de conflitos.
Na semana passada, Clinton se encontrou com o líder palestino Iasser Arafat, mas a reunião não resultou em nenhuma medida concreta para conter a onda de violência.
Barak perdeu algumas horas de viagem. Ao aterrissar em Londres para uma escala técnica, recebeu a notícia de que um avião russo havia sido sequestrado e conduzido para uma base militar no sul de Israel. O premiê decidiu retornar para o seu país. O sequestro foi resolvido pacificamente antes que ele chegasse. O aparelho voltou então a Londres para depois seguir até Washington.

Conflitos continuam
Em Gaza, mais um palestino morreu ontem em consequência de um tiro disparado por forças israelenses no posto de controle de Erez. Segundo os soldados, o garoto lançava pedras contra a fortificação. Também houve confrontos no bairro judeu de Guilo, ao sul de Jerusalém, e na cidade de Hebron, na Cisjordânia.
Um comboio da ONU que visitava um encrave judeu em Hebron foi atingido por um tiro. Ninguém ficou ferido e não se sabe quem foi o autor dos disparos.

Conferência Islâmica
Em Doha, a capital do Qatar, onde participava da abertura da cúpula da Organização da Conferência Islâmica, Arafat declarou que os palestinos estão mais do que nunca dispostos a resistir à ocupação israelense.
Arafat e o presidente da conferência, o presidente iraniano Mohammad Khatami, não pediram o boicote a Israel ou a interrupção de relações com o país, uma posição que é defendida por algumas das 56 nações que fazem parte da Conferência Islâmica.


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