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São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2003

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FBI investiga ataques, mas avança pouco

DA ASSOCIATED PRESS, EM LONDRES

O FBI (polícia federal americana) está enfrentando um dos maiores desafios de sua história: seus agentes procuram descobrir os responsáveis pela sequência de atentados no Iraque.
Num sinal do perigo, os agentes do FBI estão tendo de ser acompanhados por tropas americanas toda vez que deixam o prédio que ocupam, no aeroporto de Bagdá. Outro elemento que complica seu trabalho é a falta de informações de qualidade.
"Ainda não dispomos das informações necessárias para prevenir atentados nem das que nos levem aos responsáveis por eles", disse o chefe de contraterrorismo do FBI, John Pistole. "Estamos fazendo algum progresso, tanto em termos forenses quanto no desenvolvimento de fontes. É um desafio muito maior do que o que vimos em qualquer outro país onde já estivemos."

Ao redor do mundo
O FBI investiga cerca de uma dúzia de atentados no Iraque, focando especialmente aqueles que envolvem alvos civis ou governamentais. Cerca de três dúzias de agentes do FBI estão em Bagdá e trabalham principalmente para identificar e rastrear os explosivos utilizados nos atentados. Eles trabalham em cooperação com militares americanos, a CIA e a polícia iraquiana, disse Pistole.
A equipe do FBI também está envolvida na análise e tradução de documentos do governo do ex-ditador Saddam Hussein, nas entrevistas de detentos e na busca por fugitivos conhecidos.
Os tipos de armas e explosivos usados no Iraque estão sendo catalogados e rastreados pelo FBI e outras agências americanas, para identificar os fornecedores.
A equipe do FBI no Iraque está entre os cerca de 300 agentes e analistas despachados para várias partes do mundo com o objetivo de investigar os vários ataques terroristas realizados desde o ataque, atribuído à Al Qaeda, contra um navio de guerra americano no Iêmen, em 2000.
Em alguns casos, os agentes estão ajudando governos a montar processos criminais. Em outros, o objetivo é monitorar suspeitos para finalidades de inteligência.
Na semana passada, o diretor do FBI, Robert Mueller, e Pistole se reuniram com Paul Bremer, o administrador civil dos EUA no Iraque, e altos representantes do governo para discutir a guerra contra o terrorismo na Arábia Saudita, no Iêmen e no Iraque.


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