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FBI investiga
ataques, mas
avança pouco
DA ASSOCIATED PRESS, EM LONDRES
O FBI (polícia federal americana) está enfrentando um dos
maiores desafios de sua história:
seus agentes procuram descobrir
os responsáveis pela sequência de
atentados no Iraque.
Num sinal do perigo, os agentes
do FBI estão tendo de ser acompanhados por tropas americanas
toda vez que deixam o prédio que
ocupam, no aeroporto de Bagdá.
Outro elemento que complica seu
trabalho é a falta de informações
de qualidade.
"Ainda não dispomos das informações necessárias para prevenir
atentados nem das que nos levem
aos responsáveis por eles", disse o
chefe de contraterrorismo do FBI,
John Pistole. "Estamos fazendo
algum progresso, tanto em termos forenses quanto no desenvolvimento de fontes. É um desafio muito maior do que o que vimos em qualquer outro país onde
já estivemos."
Ao redor do mundo
O FBI investiga cerca de uma
dúzia de atentados no Iraque, focando especialmente aqueles que
envolvem alvos civis ou governamentais. Cerca de três dúzias de
agentes do FBI estão em Bagdá e
trabalham principalmente para
identificar e rastrear os explosivos
utilizados nos atentados. Eles trabalham em cooperação com militares americanos, a CIA e a polícia
iraquiana, disse Pistole.
A equipe do FBI também está
envolvida na análise e tradução de
documentos do governo do ex-ditador Saddam Hussein, nas entrevistas de detentos e na busca
por fugitivos conhecidos.
Os tipos de armas e explosivos
usados no Iraque estão sendo catalogados e rastreados pelo FBI e
outras agências americanas, para
identificar os fornecedores.
A equipe do FBI no Iraque está
entre os cerca de 300 agentes e
analistas despachados para várias
partes do mundo com o objetivo
de investigar os vários ataques
terroristas realizados desde o ataque, atribuído à Al Qaeda, contra
um navio de guerra americano no
Iêmen, em 2000.
Em alguns casos, os agentes estão ajudando governos a montar
processos criminais. Em outros, o
objetivo é monitorar suspeitos
para finalidades de inteligência.
Na semana passada, o diretor
do FBI, Robert Mueller, e Pistole
se reuniram com Paul Bremer, o
administrador civil dos EUA no
Iraque, e altos representantes do
governo para discutir a guerra
contra o terrorismo na Arábia
Saudita, no Iêmen e no Iraque.
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