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ARÁBIA SAUDITA
Governo nega possibilidade de diálogo
Site ligado à Al Qaeda diz que rede cometeu ação terrorista em Riad
DA REDAÇÃO
A rede terrorista Al Qaeda reivindicou o atentado ocorrido no
fim de semana em Riad, que matou 18 pessoas. A informação está
em site ligado à organização.
Na informação publicada no site, Mohammed al Massari, representando um grupo islâmico ligado à Al Qaeda, rejeitou as afirmações de que a rede terrorista teria
errado o alvo ao cometer o ataque
contra o complexo residencial. A
maioria dos mortos é árabe.
No texto em que a Al Qaeda estaria assumindo a autoria, há a
afirmação de que 87 pessoas morreram no ataque terrorista. O número é bem superior aos 18 que
tem sido divulgado oficialmente
pelas autoridades sauditas.
Ao todo, de acordo com o texto
publicado no site, 15 militantes da
rede terrorista teriam participado
da operação. Mesmo antes da reivindicação -serviços de inteligente confirmam as ligações do
site com a Al Qaeda-, a rede terrorista já havia sido responsabilizada pelo governo pelo ataque.
Uma série de três atentados simultâneos na mesma cidade, em
maio deste ano, que deixou 35
mortos, também é atribuída à Al
Qaeda. O grupo é inimigo da monarquia saudita. Os terroristas
não aceitam que o reino mantenha ligações com os EUA .
Desde a série de ataques em
maio, as forças de segurança sauditas lançaram uma ampla operação contra os terroristas. Centenas de pessoas foram presas, e ao
menos dois ataques em Meca (local mais sagrado do islã) teriam
sido evitados. Uma das explicações para o ataque, segundo analistas, seria o desejo da rede de
mostrar que segue atuante apesar
da repressão. A segurança em
Meca, Riad e outras cidades foi reforçada.
O ministro do Interior da Arábia Saudita, príncipe Nayef, buscou desmentir afirmações de que
o governo saudita estaria tentando dialogar com os grupos terroristas para evitar novos ataques.
"Não teremos nenhum diálogo
com eles, a não ser por meio dos
fuzis e das espadas", disse.
Há uma série de alertas de que
novos ataques poderão ocorrer
até o fim do Ramadã -mês sagrado para os islâmicos que se encerra nos próximos dias.
Com agências internacionais
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