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São Paulo, quinta-feira, 13 de novembro de 2003

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ARÁBIA SAUDITA

Governo nega possibilidade de diálogo

Site ligado à Al Qaeda diz que rede cometeu ação terrorista em Riad

DA REDAÇÃO

A rede terrorista Al Qaeda reivindicou o atentado ocorrido no fim de semana em Riad, que matou 18 pessoas. A informação está em site ligado à organização.
Na informação publicada no site, Mohammed al Massari, representando um grupo islâmico ligado à Al Qaeda, rejeitou as afirmações de que a rede terrorista teria errado o alvo ao cometer o ataque contra o complexo residencial. A maioria dos mortos é árabe.
No texto em que a Al Qaeda estaria assumindo a autoria, há a afirmação de que 87 pessoas morreram no ataque terrorista. O número é bem superior aos 18 que tem sido divulgado oficialmente pelas autoridades sauditas.
Ao todo, de acordo com o texto publicado no site, 15 militantes da rede terrorista teriam participado da operação. Mesmo antes da reivindicação -serviços de inteligente confirmam as ligações do site com a Al Qaeda-, a rede terrorista já havia sido responsabilizada pelo governo pelo ataque.
Uma série de três atentados simultâneos na mesma cidade, em maio deste ano, que deixou 35 mortos, também é atribuída à Al Qaeda. O grupo é inimigo da monarquia saudita. Os terroristas não aceitam que o reino mantenha ligações com os EUA .
Desde a série de ataques em maio, as forças de segurança sauditas lançaram uma ampla operação contra os terroristas. Centenas de pessoas foram presas, e ao menos dois ataques em Meca (local mais sagrado do islã) teriam sido evitados. Uma das explicações para o ataque, segundo analistas, seria o desejo da rede de mostrar que segue atuante apesar da repressão. A segurança em Meca, Riad e outras cidades foi reforçada.
O ministro do Interior da Arábia Saudita, príncipe Nayef, buscou desmentir afirmações de que o governo saudita estaria tentando dialogar com os grupos terroristas para evitar novos ataques. "Não teremos nenhum diálogo com eles, a não ser por meio dos fuzis e das espadas", disse.
Há uma série de alertas de que novos ataques poderão ocorrer até o fim do Ramadã -mês sagrado para os islâmicos que se encerra nos próximos dias.


Com agências internacionais


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