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TECNOLOGIA
Veículo que atinge 531 km/h é levantado e impulsionado por forças magnéticas geradas por eletricidade
Trem que levita bate recorde de velocidade
e da Reportagem Local
Um protótipo japonês de trem
magnético bateu ontem o recorde
mundial de velocidade de trens ao
atingir 531 km/h, segundo o Insti
tuto de Pesquisa Técnica em Fer
rovias, de Tóquio, Japão.
Os testes foram realizados na pis
ta de Yamanashi, a cerca de cem
quilômetros a oeste de Tóquio.
Essa velocidade foi alcançada
duas vezes, sendo uma viagem tri
pulada e outra automática.
O protótipo
MLX01, testa
do ontem, tem
três vagões e
cerca de 80 me
tros de com
primento. Em
11 de novem
bro, ele atingiu
503 km/h.
O recorde
anterior de ve
locidade era de
1979 e perten
cia a outro
trem magnético. O modelo
ML-500, formado por apenas um
carro, havia atingido 517 km/h du
rante testes na pista de Miyazaki.
Entre os trens convencionais,
que viajam sobre rodas, o mais rá
pido é o francês TGV (Trem de
Grande Velocidade), que atingiu a
velocidade de 515,3 km/h em 1991.
Os trens magnéticos, ou Maglev
(abreviatura para "magnetic levi
tation"), deslocam-se levitando
em canais de concreto devido à
ação de forças magnéticas.
Bobinas que agem como ímãs,
nas paredes desses canais, produ
zem os efeitos de levitação, direção
e propulsão dos trens.
A eletricidade ativa as bobinas,
criando forças magnéticas que
reagem com potentes ímãs das pa
redes dos vagões (veja quadro
abaixo). Além de serem rápidos,
eles não emitem gases poluentes.
No futuro, trens Maglevs deve
rão fazer o percurso de Tóquio a
Osaka em uma hora, a 500 km/h,
segundo Hi
roshi Nakashi
ma, do institu
to ferroviário
japonês.
Atualmente,
esse trajeto é
realizado pelo
Shinkansen, o
trem-bala ja
ponês, que via
ja a 300 km/h.
No Brasil, a
Universidade
Federal do Rio
de Janeiro (UFRJ) já iniciou a
construção do Laboratório de
Aplicações de Supercondutores,
que deverá desenvolver a tecnolo
gia dos trens Maglev em colabora
ção com a Alemanha.
"Um trem similar aos Maglev
faria o percurso do Rio de Janeiro a
São Paulo entre 45 minutos a 50
minutos com segurança e confia
bilidade", afirmou Roberto Ni
colsky, professor da UFRJ.
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