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Grupo radical cerca casa de aiatolá em Najaf
DA REUTERS
Homens armados cercaram a casa do aiatolá Ali Sistani, principal líder xiita iraquiano, na cidade sagrada de
Najaf, e deram ao clérigo 48
horas para deixar do país ou
enfrentar um ataque.
O sítio à casa de Sistani é
um sinal de rivalidade dentro do ramo muçulmano
majoritário no Iraque e representa um revés para a
unidade nacional após a derrubada de Saddam Hussein.
Fontes xiitas disseram que
Sistani não estava em casa
no momento do cerco. Tropas americanas estacionadas
fora de Najaf entraram na cidade para restabelecer a ordem, segundo essas fontes.
Segundo o aiatolá Abulqasim Dibaji, que vive no
Kuait, os homens que cercam a casa são membros do
Jimaat e-Sadr-Thani, um
grupo xiita radical liderado
por Moqtada Sadr, 22, filho
de um ex-líder espiritual do
Iraque. "Moqtada quer controlar todos os locais sagrados do Iraque", disse Dibaji.
Os xiitas formam 60% da
população do Iraque, mas
têm sofrido discriminações e
perseguição há mais de duas
décadas por parte do regime
de Saddam e da elite sunita.
Na quinta-feira, um outro
líder xiita, Abdul Majid al-Khoei, foi morto numa mesquita em Najaf.
A cidade, onde vivem Sistani -que estava em prisão
domiciliar até a expulsão das
forças de Saddam- e outros líderes xiitas, é um centro de peregrinação e de
aprendizado religioso. É lá
que está o túmulo do imã
Ali, genro do profeta Muhammad, considerado o primeiro líder xiita.
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