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São Paulo, segunda-feira, 14 de abril de 2003

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Grupo radical cerca casa de aiatolá em Najaf

DA REUTERS

Homens armados cercaram a casa do aiatolá Ali Sistani, principal líder xiita iraquiano, na cidade sagrada de Najaf, e deram ao clérigo 48 horas para deixar do país ou enfrentar um ataque.
O sítio à casa de Sistani é um sinal de rivalidade dentro do ramo muçulmano majoritário no Iraque e representa um revés para a unidade nacional após a derrubada de Saddam Hussein.
Fontes xiitas disseram que Sistani não estava em casa no momento do cerco. Tropas americanas estacionadas fora de Najaf entraram na cidade para restabelecer a ordem, segundo essas fontes.
Segundo o aiatolá Abulqasim Dibaji, que vive no Kuait, os homens que cercam a casa são membros do Jimaat e-Sadr-Thani, um grupo xiita radical liderado por Moqtada Sadr, 22, filho de um ex-líder espiritual do Iraque. "Moqtada quer controlar todos os locais sagrados do Iraque", disse Dibaji.
Os xiitas formam 60% da população do Iraque, mas têm sofrido discriminações e perseguição há mais de duas décadas por parte do regime de Saddam e da elite sunita.
Na quinta-feira, um outro líder xiita, Abdul Majid al-Khoei, foi morto numa mesquita em Najaf.
A cidade, onde vivem Sistani -que estava em prisão domiciliar até a expulsão das forças de Saddam- e outros líderes xiitas, é um centro de peregrinação e de aprendizado religioso. É lá que está o túmulo do imã Ali, genro do profeta Muhammad, considerado o primeiro líder xiita.


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