São Paulo, segunda, 14 de julho de 1997.



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EXPANSÃO DA OTAN
Secretária de Estado dos EUA visita a Lituânia
Albright diz que países bálticos são candidatos; Ieltsin reclama

das agências internacionais

A secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright, voltou a entrar em choque com a Rússia ontem ao dizer que os países bálticos mantêm grandes chances de entrarem para a Otan.
Ela falou em Vilna, capital da Lituânia, durante uma visita de algumas horas. A algumas centenas de quilômetros de lá, na casa de campo em que passa férias, o presidente russo, Boris Ieltsin, reafirmou sua oposição a isso. "Seremos categoricamente contra."
Os países bálticos da ex-URSS -Estônia, Letônia e Lituânia- são o principal entrave nas relações Otan-Rússia atualmente. Na semana passada, a aliança militar ocidental, comandada pelos EUA, convidou três países do antigo bloco comunista (Hungria, Polônia e República Tcheca) a entrar em seus quadros.
O comunicado da Otan deixou aberta a possibilidade de outros países -inclusive os bálticos- aderirem. Ieltsin aproveitou a atenção despertada por seu encontro com o presidente finlandês, Martti Ahtisaari, para demonstrar que a Rússia mantém sua posição de aceitar outros ex-comunistas na Otan, mas não os bálticos.
O encontro entre Ieltsin e Ahtisaari aconteceu perto da fronteira entre os dois países, onde o russo passa férias. Eles estavam descontraídos e fizeram sauna juntos. Seguindo um costume da região, durante a sauna Ieltsin "açoitou" o finlandês com um feixe de galhos.
Já Albright fez um percurso sentimental no domingo. Após falar em Vilna, ela foi a Praga, na República Tcheca, sua cidade natal. Ela queria procurar o nome dos avós, judeus mortos no Holocausto, que estão gravados em uma sinagoga.



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