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São Paulo, quinta-feira, 14 de agosto de 2003

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País perde mais 2 soldados no Iraque

DA REDAÇÃO

Um ataque iraquiano em Tikrit e outro em Taji culminaram com a morte de mais dois soldados dos EUA entre a noite de terça-feira e a manhã de ontem. Horas antes, outro soldado havia sido morto em Ramadi, somando três baixas em menos de 24 horas.
Os dois mortos -e outros três feridos- eram da 4ª Divisão de Infantaria, que também se envolveu em tiroteios em Rashidiya e Balad, matando dois iraquianos.
Com os sucessivos ataques, o saldo de mortos do pós-guerra já chega a 130 (59 em ataques) e está se equiparando ao da guerra, quando morreram 136 soldados.
O Comando Central Americano (Centcom) está refazendo a contagem para acrescentar as mortes ocorridas após o retorno aos EUA, mas em decorrência de ferimentos sofridos no Iraque.
Em Bagdá, um civil foi morto e quatro foram feridos durante um protesto que levou cerca de 3.000 xiitas às ruas de Sadr City -um enorme bairro pobre que antes da guerra se chamava Saddam City.
A hostilidade é maior entre os sunitas -corrente islâmica à qual Saddam pertence-, mas os xiitas, maioria no país, já se inquietam. Em Basra (sul), houve protestos no fim de semana.
Em Sadr City, os xiitas protestavam contra soldados que arrancaram uma faixa islâmica de uma torre de TV. Segundo a Associated Press, os soldados dispararam contra a multidão que arremessava pedras. Os militares disseram ter reagido a tiros da multidão.

Hotel Palestine
A Comissão para a Proteção dos Jornalistas divulgou um comunicado em que se diz "preocupada" com uma investigação do Centcom, cujo resultado foi anunciado anteontem, que endossou como "apropriado" o ataque ao Hotel Palestine, em Bagdá, que culminou com a morte de dois jornalistas lá hospedados em 8 de abril.
"Os resultados da investigação... deixam de responder pontos vitais", diz a carta. "O CPJ exorta o Centcom a divulgar o relatório completo da investigação."

Retomada
Na tentativa de acelerar o processo de transição política no Iraque, Washington apresentou uma proposta de resolução à ONU para o reconhecimento do Conselho de Governo Iraquiano, empossado pelos EUA. A resolução também institui uma missão da ONU ao país e tem o apoio da China, da França e da Rússia, que pedem a ampliação do papel das Nações Unidas no pós-guerra.
Em outro passo para a normalidade, foi reativado o oleoduto que liga o norte do Iraque a um porto turco, permitindo o escoamento de 400 mil barris diários.


Com agências internacionais

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