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País perde mais 2 soldados no Iraque
DA REDAÇÃO
Um ataque iraquiano em Tikrit
e outro em Taji culminaram com
a morte de mais dois soldados dos
EUA entre a noite de terça-feira e
a manhã de ontem. Horas antes,
outro soldado havia sido morto
em Ramadi, somando três baixas
em menos de 24 horas.
Os dois mortos -e outros três
feridos- eram da 4ª Divisão de
Infantaria, que também se envolveu em tiroteios em Rashidiya e
Balad, matando dois iraquianos.
Com os sucessivos ataques, o
saldo de mortos do pós-guerra já
chega a 130 (59 em ataques) e está
se equiparando ao da guerra,
quando morreram 136 soldados.
O Comando Central Americano
(Centcom) está refazendo a contagem para acrescentar as mortes
ocorridas após o retorno aos
EUA, mas em decorrência de ferimentos sofridos no Iraque.
Em Bagdá, um civil foi morto e
quatro foram feridos durante um
protesto que levou cerca de 3.000
xiitas às ruas de Sadr City -um
enorme bairro pobre que antes da
guerra se chamava Saddam City.
A hostilidade é maior entre os
sunitas -corrente islâmica à qual
Saddam pertence-, mas os xiitas, maioria no país, já se inquietam. Em Basra (sul), houve protestos no fim de semana.
Em Sadr City, os xiitas protestavam contra soldados que arrancaram uma faixa islâmica de uma
torre de TV. Segundo a Associated Press, os soldados dispararam
contra a multidão que arremessava pedras. Os militares disseram
ter reagido a tiros da multidão.
Hotel Palestine
A Comissão para a Proteção dos
Jornalistas divulgou um comunicado em que se diz "preocupada"
com uma investigação do Centcom, cujo resultado foi anunciado
anteontem, que endossou como
"apropriado" o ataque ao Hotel
Palestine, em Bagdá, que culminou com a morte de dois jornalistas lá hospedados em 8 de abril.
"Os resultados da investigação...
deixam de responder pontos vitais", diz a carta. "O CPJ exorta o
Centcom a divulgar o relatório
completo da investigação."
Retomada
Na tentativa de acelerar o processo de transição política no Iraque, Washington apresentou
uma proposta de resolução à
ONU para o reconhecimento do
Conselho de Governo Iraquiano,
empossado pelos EUA. A resolução também institui uma missão
da ONU ao país e tem o apoio da
China, da França e da Rússia, que
pedem a ampliação do papel das
Nações Unidas no pós-guerra.
Em outro passo para a normalidade, foi reativado o oleoduto que
liga o norte do Iraque a um porto
turco, permitindo o escoamento
de 400 mil barris diários.
Com agências internacionais
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