|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Projeto assinala transição política de Ariel Sharon
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA
Desde que anunciou, há 18
meses, que Israel retiraria
tropas de Gaza e desmantelaria todos os assentamentos
da faixa costeira e alguns da
Cisjordânia, Sharon reconfigurou a política em Israel e
no Oriente Médio.
O premiê deixou de ser o
patrono da direita dos assentamentos, colocou em prática idéias da esquerda, saiu
do isolamento diplomático
mundial, mas provocou
uma rachadura na coesão na
sociedade israelense.
Com seu deslocamento
político para o centro, imobilizou os partidos religiosos
e a extrema esquerda, elevou
a direita secular, reabilitou o
Partido Trabalhista, dividiu
o Likud a ponto de o partido
estar à beira da cisão formal,
com a saída do ex-premiê
Bibi Netanyahu do gabinete.
Sharon diz que desde o final da década de 80 defende
no Likud o debate de concessões territoriais aos palestinos e que a idéia da medida
unilateral surgiu pela falta de
parceiro no lado palestino.
Com o plano, o ex-general
que participou de todas as
guerras de Israel foi ameaçado de morte pelos judeus
mais radicais. A oposição o
acusa de usar a saída de Gaza
para desviar a atenção de
suspeitas de corrupção e tráfico de influência contra ele e
seus filhos. Ele nega.
Sharon diz que não se arrepende e não deve desculpas
às pessoas que incentivou a
morar em Gaza. Mas tem algo a dizer. Amanhã, discursará aos israelenses e em especial aos colonos.(MG)
Texto Anterior: Oriente Médio: Porta a porta, Israel inicia a saída de Gaza Próximo Texto: Aldeia de "informantes" vive dilema Índice
|