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São Paulo, domingo, 14 de setembro de 2003

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"Fui arrastada pelos cabelos durante assalto"

DE BUENOS AIRES

Domingo de sol, gente na rua, decidi sair para tomar um café e caminhar pela turística feira do bairro de San Telmo, que lota nos finais de semana. Eram 15h, quando lembrei de que precisava pagar o jornaleiro, onde tenho conta, e decidi sacar dinheiro num caixa eletrônico.
Entrei no caixa distraída, nem reparei se a porta de vidro havia fechado atrás de mim. Comecei a operação, digitei a senha e, de repente, alguém diz "hola". Segurou-me por um dos braços e disse: "Não vai te acontecer nada, fique quieta".
E eu acreditei? Claro que não. Gritei e tentei sair correndo da agência. Eram dois jovens -altos, bem vestidos, não tinham mais de 18 anos. A cena foi horrível. A única coisa de que me lembro com clareza é que fiquei estatelada no chão após levar uma rasteira e ser puxada pelos cabelos para um espaço onde quem estava na rua não podia me ver.
Chorei de nervoso, de raiva. Foi a primeira vez que passei por isso. Senti-me impotente. E se tivessem uma arma, uma faca, como no Brasil? Tudo por 300 pesos!
O pior foi chegar à delegacia e desistir de fazer a denúncia após uma hora de espera. Daqui para frente, retirar dinheiro só durante o expediente dos bancos. (EC)


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