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"Fui arrastada
pelos cabelos
durante assalto"
DE BUENOS AIRES
Domingo de sol, gente na
rua, decidi sair para tomar
um café e caminhar pela turística feira do bairro de San
Telmo, que lota nos finais de
semana. Eram 15h, quando
lembrei de que precisava pagar o jornaleiro, onde tenho
conta, e decidi sacar dinheiro num caixa eletrônico.
Entrei no caixa distraída,
nem reparei se a porta de vidro havia fechado atrás de
mim. Comecei a operação,
digitei a senha e, de repente,
alguém diz "hola". Segurou-me por um dos braços e disse: "Não vai te acontecer nada, fique quieta".
E eu acreditei? Claro que
não. Gritei e tentei sair correndo da agência. Eram dois
jovens -altos, bem vestidos, não tinham mais de 18
anos. A cena foi horrível. A
única coisa de que me lembro com clareza é que fiquei
estatelada no chão após levar uma rasteira e ser puxada pelos cabelos para um espaço onde quem estava na
rua não podia me ver.
Chorei de nervoso, de raiva. Foi a primeira vez que
passei por isso. Senti-me impotente. E se tivessem uma
arma, uma faca, como no
Brasil? Tudo por 300 pesos!
O pior foi chegar à delegacia e desistir de fazer a denúncia após uma hora de espera. Daqui para frente, retirar dinheiro só durante o expediente dos bancos.
(EC)
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