DA REDAÇÃO

A fortuna acumulada no exterior pelo ex-ditador chileno Augusto Pinochet veio de comissões originadas de operações de tráfico de armas, acusou ontem o Conselho de Defesa do Estado (CDE, o equivalente ao Ministério Público Federal).
A procuradora Maria Teresa Muñoz informou que o CDE detectou "vários depósitos feitos por companhias fabricantes de armas em contas pertencentes ao general Pinochet ou de empresas ligadas a ele".
Muñoz está entre os procuradores que requisitaram à Suprema Corte o fim da imunidade de Pinochet para que ele seja julgado por corrupção. Anteontem, a corte máxima chilena deu início às audiências, que devem terminar apenas na semana que vem.
As contas de Pinochet foram descobertas no ano passado por uma investigação feita pelo Senado americano. A estimativa é que o ex-ditador tenha cerca de US$ 28 milhões no exterior.
O advogado de defesa Pablo Rodriguez disse ontem que o dinheiro é legítimo e provém de economia, investimentos e doações.