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Santiago tenta reverter imagem armamentista
DO ENVIADO A SANTIAGO
Uma das fontes de informação mais consultadas da
internet, a enciclopédia colaborativa Wikipedia define o
Chile como "um dos países
do mundo com maior gasto
militar em relação ao PIB"
-3,4% em 2007, segundo
grupos especializados.
É para reverter essa imagem que o governo Michelle
Bachelet lançou ontem a terceira versão do "Livro da Defesa Nacional", que detalha
políticas do setor e reconhece gasto de "apenas" 1,7% do
PIB em 2008. "O Chile é um
país amante da paz, que só
usará meios militares em legítima defesa", disse ela.
As compras militares chilenas crescem a partir de
2004, com aumento dos
aportes da Lei do Cobre
-que destina às Forças Armadas 10% do dinheiro das
vendas do principal produto
de exportação do país.
Os gastos são vistos com
desconfiança pelo Peru, que
processa um militar peruano
por vender dados a militares
chilenos. A crise, desatada
em novembro, esfriou -o
embaixador do Peru no Chile
foi ontem ao lançamento.
O Chile é considerado o
país sul-americano que mais
gastou com armas de 2000 a
2008, mas diz que grupos internacionais incluem gastos
policiais na conta.
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