|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
IRAQUE OCUPADO
Al Jazira diz ter vídeo do assassinato, mas não o exibirá porque imagens "são horríveis'; Roma confirma morte
Insurgentes assassinam refém italiano
DA REDAÇÃO
Extremistas islâmicos que seqüestraram quatro civis italianos
no Iraque mataram ontem um
dos cativos. A TV qatariana Al Jazira, que levara ao ar imagens dos
prisioneiros, afirmou ter recebido
um vídeo do assassinato, mas disse que não o exibiria "porque as
imagens são horríveis".
Segundo a Al Jazira, a milícia
disse que o refém foi morto porque Roma se recusou a cumprir
sua demanda de tirar suas tropas
do país e ameaçou matar os outros três italianos caso a exigência
não fosse cumprida. Roma tem
cerca de 3.000 soldados no Iraque.
Horas depois, o chanceler italiano, Franco Frattini, confirmou a
morte ao saber que seu embaixador em Qatar assistiu ao vídeo enviado a Al Jazira. Nele, Fabrizio
Quattrocchi, um segurança genovês de 36 anos, aparece sendo encapuzado por seus captores antes
de receber um tiro na nuca.
É a primeira morte confirmada
de um refém desde que a atual onda de seqüestros de estrangeiros
começou, na semana passada.
"Eles destruíram uma vida, mas
não abalaram nossos valores e
nossos esforços pela paz", disse o
premiê italiano, Silvio Berlusconi
após a confirmação da morte. O
premiê enviou um representante
ao Iraque para negociar com os
seqüestradores, um grupo que se
identifica como Brigadas Verdes.
A Chancelaria declarou que
uma empresa americana de segurança chamada DST relatou segunda-feira o desaparecimento
de quatro funcionários italianos
no Iraque, mas a relação entre os
fatos não foi confirmada.
Segundo o comando militar
americano, milícias iraquianas seqüestraram cerca de 40 civis de 12
nacionalidades nos últimos dias,
parte dos quais já foi libertada.
Mas a contabilização feita por
agências de notícias supera 55.
O governo japonês está investigando o desaparecimento de mais
dois civis no Iraque, disse a agência de notícias Kyodo. Três assistentes humanitários japoneses estão desaparecidos desde a semana
passada. Uma empresa japonesa,
supostamente a que emprega os
dois novos desaparecidos, recebeu um e-mail mencionando seqüestro, disse a Chancelaria.
Um jornalista francês que estava desaparecido desde domingo
foi libertado ontem. Alexandre
Jourdanov, capturado quando filmava um documentário da agência de notícias Capa TV para o Canal Plus, passa bem, mas disse que
sua vida foi ameaçada.
A onda de seqüestros está provocando uma debandada de civis
estrangeiros. Ontem foi a vez do
Canadá de recomendar que seus
cidadãos deixassem o Iraque.
As Filipinas estão avaliando se
mantêm ou retiram os cerca de
cem soldados que enviaram ao
país. A Rússia, por sua vez, informou que está retirando do Iraque
cerca de 550 cidadãos seus e 263
de ex-repúblicas soviéticas.
Com agências internacionais
Texto Anterior: Guerra sem limites: CIA admite despreparo contra terror Próximo Texto: Principais jornais dos EUA criticam Bush Índice
|